quinta-feira, julho 29, 2010

A linguagem híbrida dos bêbados

Muito se fala em linguagens híbridas, e quando escuto algo nessa linha eu penso: não há problema em ser híbrido, desde que seja funcional, desde que esteja a serviço do ato de narrar.

Um belo exemplo positivo disso recebi outro dia, por email. Veja, cutucando aqui.

(Não hesite em abrir o link, mesmo se estiver atarefado. É uma experiência rápida e eficaz como uma caneca de chope, você não vai se arrepender.)

Recomendo que já fique por lá, navegando no site do autor Vincent Giard. É possível ver muitos outros "quadrinhos animados", todos eles narrados de um jeito "sóbrio" - apesar de a palavra ser irônica ao se referir à HQ lincada acima.

Recomendo especialmente a seção de links do site, dispostos em forma de tabela periódica. Muito interessante.

quarta-feira, julho 14, 2010

Morreu o Harvey Pekar...

... morreu sim, mas isso é coisa muito natural, acontece com todo mundo e, se ainda não aconteceu com você, vai acontecer um dia.

(Quem avisa amigo é.)

Aqui uma notícia sobre a morte dele. No relato da sua biografia, o que mais me chamou a atenção foi esta obra abaixo, sobre a geração beatnik. Não conhecia. Pelo jeito, ainda não saiu em português.


É isso. Enquanto ainda não estão mortos, todos são imortais.

quinta-feira, julho 08, 2010

Agatha Christie

Este link merece um post um pouco maior. Trata-se da adaptação para quadrinhos da obra da Agatha Christie. Lê lá e depois volta aqui.

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(Enquanto espero, comento uma estranha coincidência: eu digitava "Agatha Christie" no título deste post quando, exatamente no mesmo instante, um comentarista falou o nome dela na tevê. Fiquei impressionado com essa obra do acaso, já que cada um falava de um tema diferente: eu mecionando uma adaptação para quadrinhos, o comentarista associando um caso de polícia a uma história de Agatha Christie. Impressionante, não?)

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Quadrinhos e Agatha Christie são dois temas que remetem fortemente à minha pré-adolescência e adolescência. Eu lia muitos quadrinhos naquela época e, quando comecei a ler obras em prosa, minha escritora preferida foi a Agatha (éramos íntimos ao ponto de eu chamá-la pelo primeiro nome). Li mais de 30 livros e estava tão familiarizado com o estilo e o método da escritora, que eu mesmo me tornei tão (ou mais) metódico quanto o detetive Hercule Poirot. Uma vez até calculei a porcentagem de livros lidos em que eu adivinhei o assassino: 30%.

Se essa coleção de quadrinhos da Agatha tivesse sido lançada naquela época, eu teria uma economia de tempo de leitura de 50%. Poderia ter brincando mais, paquerado mais, beijado mais, enfim, vivido mais. Acabaria por trocar a Agatha por "a" gata.