sábado, janeiro 31, 2009

Usando o espaço do cabruuum para divulgar uma iniciativa realmente diferenciada (da qual participo, claro!)

FIZ + SOTAQUES TRAZ EDIÇÃO INTERNACIONAL

Programa espalha seus videorrepórteres pelo mundo e descobre o que pensam ingleses, alemães, argentinos, indianos, norte-americanos, guineeses e colombianos, sobre o nosso país

Conhecido por ser um programa que não apenas descentraliza discussões, mas privilegia a pluralidade do modo de falar brasileiro, o Fiz+Sotaques mostra que as possibilidades do jornalismo colaborativo com a internet, de fato, não têm fronteiras. Nos dias 2 e 9 de fevereiro o Canal FIZ TV (tanto pela TVA, quanto pelo site www.fiztv.com.br) exibirá duas edições especiais feitas a partir de videorrepórteres espalhados pelo planeta.

"Se o colaborativo do Sotaques funciona tão bem nacionalmente, num país tão grande como o nosso, por que não funcionaria em distâncias maiores como entre Buenos Aires e China? Foi o que pensei e o Leandro aceitou na hora", conta Augusto Paim, viderrepórter do Sotaques e idealizador das edições especiais. "Assim fizemos. Pensamos em uma pauta e contactamos alguns amigos. Eles gostaram da ideia e o resultado será exibido nos dois próximos programas", resume o diretor Leandro Lopes.

As edições internacionais colocarão em discussão o "como" o mundo vê o Brasil e o "porquê" dessas visões. Por exemplo, será que tem estrangeiro pensando que o país do futebol é habitado por macacos? Será que somos, para eles, uma imensa floresta amazônica? Na edição de 2 de fevereiro, uma alemã, três ingleses, dois argentinos, uma indiana, um norte-americano, um guineese e um colombiano revelam o que pensavam antes de conhecer o país e o que pensam após conhecê-lo. "Esse primeiro é o "como" dessa discussão. São estrangeiros dando suas opiniões sobre o país. Na semana seguinte (dia 9), teremos um sociólogo comentando os "porquês" dessas visões. Afinal, somos o que mostramos ser para o mundo?", revela Leandro.

O Fiz+Sotaques é o primeiro programa de jornalismo colaborativo da internet e vai ao ar todas as segundas-feiras, às 21h15, no canal 16 da TVA analógica e no canal 20 da TVA digital, em São Paulo (capital e interior), Santa Catarina (Florianópolis e Camboriú), Paraná (Curitiba e Foz do Iguaçu), Rio de Janeiro (capital) e Minas Gerais (Uberlândia). Os programas também estão disponíveis no site do FIZ TV, para qualquer lugar do Brasil. Para conhecer melhor, basta acessar a página www.fiztv.com.br ou o blog dos bastidores do programa www.sotaquesdobrasil.blogspot.com.

FIZ TV
O FIZ é o primeiro e único canal de TV colaborativo do Brasil. Pertencente ao Grupo Abril, com menos de dois anos de vida, o projeto já conseguiu criar uma forte comunidade de produtores de vídeo na web e uma linguagem ousada e inovadora dentro da televisão brasileira. Nos últimos meses, o canal dedica-se para que produtores de todo o país enviem não somente vídeos, mas também programas formatados e pensados para uma nova televisão. A criação de um pioneiro sistema de remuneração somado à grande liberdade editorial que o canal dá aos produtores permite que público acompanhe, cada vez mais, o surgimento de novas e boas idéias no universo audiovisual brasileiro.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Rabenau, aquele que...

Uma tira que vejo sempre no jornal Meppener Tagespost, onde faço estágio, é do Rabenau. Cutuque com o mouse sobre o nome em amarelo para migrar para o site do autor. Mas, aviso, é em alemão.

Melhor ver uma tira como exemplo. Também é em alemão, mas posso traduzir:


O título: "As maravilhosas experiências de Rabenau"
Ele pergunta: "Você já dormiu com muitos homens?"
Ela responde: "Não. Só com você."
Pausa. Aí ela acrescenta: "Com os outros eu ficava acordada."

Nem todas as tiras de Rabenau são assim engraçadas (tá bom, nem tanto!). Mas em todo caso é um quadrinista alemão, e já vale pelo exotismo.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Berlin em quadrinhos

A Europa vive uma fase de grande ênfase ao quadrinho de fundo histórico, à biografia em quadrinhos e à autobiografia, ou seja, à não-ficção (mesmo que sempre haja um pouco de ficção até na realidade vivida diariamente). A editora Carlsen tem publicado muitas obras desse tipo. Vou apresentando algumas aos poucos.

Uma delas é "Berlin", trilogia de Jason Lutes (autor também de "Houdini" e "Narren").


Um link da wikipedia em português apresenta brevemente o autor para você. Ele é inspirado pelo trabalho de Hergé e Scott McCloud. Se você quiser ir mais longe no seu conhecimento de Jason Lutes, tem este link em inglês da livraria Lambiek, de Amsterdam. E mais esta entrevista, também em inglês, do site Sequential Tart. No mais, no youtube há um vídeo em que o autor fala dos bastidores da obra.




"Berlin" se passa entre 1928 e 1933 e mostra a realidade social da capital alemã nesse momento, embora seja uma realidade ficcionada. No mais, outro dia falo aqui de outras dessas obras européias de não-ficção. (Jason Lutes é estadunidense, mas a obra dele é sobre aqui.)

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Piada de gente grande

Hoje abri o jornal Meppener Tagespost na página 2 e dei de cara com esta charge aqui, do Klaus Stuttmann:



Traduzindo, para você também achar graça (ou não!): o personagem no meio diz: "Olá, eu sou Davi. Quem é você?" Nos dedos dos pés do gigante estão escritas palavras como "Afeganistão", "crise financeira", "Irã", "Iraque", "clima", "pobreza" e assim por diante. Já deu para pegar a idéia, né?

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Dando atenção para o cabruuum

Eu estava googleando atrás de informações sobre um evento de Jornalismo em Quadrinhos que acontece na Itália e certa vez dei por acaso na internet. Nessa googleada dei sorte de encontrar excelentes artigos sobre quadrinhos, nada a ver com o que eu estava procurando (se alguém souber desse evento, por favor, me avise!), mas impossíveis de não serem lincados aqui. Alguns textos são relativamente antigos, mas seguem fundamentais.

Lá vai!

- Uma entrevista com o Álvaro de Moya, bem conhecido de qualquer pessoa que comece a pesquisar sobre quadrinhos.

- Um breve artigo sobre Jornalismo em Quadrinhos, ideal para quem ainda não foi apresentado a ele.

- Um artigo sobre os elementos da narrativa presentes no jornalismo, citando minhas principais referências jornalísticas, literárias, quadrinistícas e cosmológicas. Acho até que já havia lincado o artigo aqui.

- Uma gostosa sopa de links servida pelo Universo HQ há alguns anos, falando sobre por que os quadrinhos são importantes, mostrando iniciativas pioneiras e valorizando a nona arte em geral.

- Do último link, fui parar nessa HQ sobre o presidente Lula, ilustrada por Bira Dantas. É da época da primeira disputa pela presidência, eu nem tinha blog de quadrinhos nem nada para saber disso. Mas antes tarde do que nunca!

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Crise familiar

Você me cobra, cabruuum, por eu estar te dando pouca atenção. Quer dizer, pouca não. Apenas um pouco menos do que antes.

Isso é inevitável. Nasceu teu irmão mais novo, o AugustFest, e agora preciso repartir meu carinho e cuidado.

Mas não pense que papai esqueceu de você, não! Apenas neste momento teu irmão bloguinho está precisando um pouco mais de mim...

Em breve voltaremos a passear os dois juntos, para tomar sorvete.

Sem ciúmes, tá?

domingo, janeiro 11, 2009

Reforma mal-feita

No contexto da reforma da língua portuguesa, publico aqui um trabalho antigo do quadrinista Máucio, gentilmente cedido por ele. Foi publicado originalmente em 1995, na revista Garganta do Diabo nº 8. Essa revista é um ícone do quadrinho do Rio Grande do Sul.



Lingüístas, não fiquem de cara com o título deste post. Entendam o meu lado. Daqui a poucos anos, quando estagiários de cursos de história vierem fuçar no carcomido cabruuum, que cultivei com tanto amor à antiga língua portuguesa, esses estagiários vão sentir cheiro de coisa velha, post amarelado, palavras com "th". E eu vou ter que aprender tudo de novo aquilo que tanto me orgulhava saber...

Estórias passadas

Uma vez por semestre, acho, dou uma vasculhada em posts antigos do cabruuum, para mexer em lembranças e notar como o tempo passa. Fiz uma dessas pesquisadas ontem e dei de cara com um post muito especial para mim. Cutuque aqui para ler! É sobre o livro "Estórias Gerais", de Wellington Srbek e Flávio Collin, grandes nomes (e pessoas por trás desses nomes) do quadrinho nacional.

Pois bem, a roda do tempo não pára. Agora há pouco, por uma conjunção internáutica de links, fui parar no blog do Srbek (não leia este post em voz alta se não quiser passar vergonha ao pronunciar o nome). Altamente recomendável o blog, diga-se de passagem! Decidi lincá-lo no cabruuum.

Pois, com isso, divulgo passado e presente em um único post.

***

O Srbek me passou agora o link para o site Mais Quadrinhos, na seção em que ele conta bastidores pormenorizados da feição de "Estórias Gerais". Cutuque aqui, pois vale a pena! Mesmo!

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Lá vem o alemão, cheio de paixão

Estou aqui no intervalo para almoço no meu primeiro dia de estágio no jornal Meppener Tagespost, da cidade de Meppen, no norte da Alemanha. Estou aproveitando o tempo livre, após o esforço tentando escrever minhas primeiras notícias em alemão, para atualizar este cabruuum (que está deixando de ser um humilde blog).

Divido a sala com um jornalista só, pois aqui não é aquela loucura das redações brasileiras, onde todos os jornalistas ficam na mesma sala. Em cima da mesa dele tem um jornal holandês. Este aqui:



Folheei-o e dei de cara com este quadrinho:


Mais do que isso, não posso dizer. Apesar de o holandês ser parecido com o alemão e possível de compreender mesmo sem dominar o outro idioma (semelhante ao que ocorre entre o português e o espanhol), não consegui entender o quadrinho. Em todo caso, vale pela apreciação do desenho e pelo estranhamento cultural e idiomático. Sim, que fetiche encontrar com um quadrinho holandês! Mesmo sem poder entender.