terça-feira, maio 30, 2006

Wiki não é criatura fantástica, nem remédio pro pulmão: é uma tecnologia!

Você já deve ter notado que o Cabruuum!!!!!!! seguido encaminha você, por meio dos links, para textos da Wikipedia. E você sabe o que é isso? Bem, a Wikipedia é uma enciclopédia online construída coletivamente. Ou seja, qualquer um pode ir lá criar ou editar um verbete, sobre qualquer tema.

Daí que esses dias recebi, por e-mail, uma notícia com o seguinte título:

Marvel Comics constrói sua própria Wikipedia

[A Marvel, você sabe, é a editora que publica as histórias do Homem-Aranha e dos X-Men, dentre outros personagens]

O texto foi escrito por Érico Assis (até que se prove o contrário, deve ser um jornalista) e publicado no portal Omelete. Por questões éticas, epiléticas e dietéticas, mando você para a notícia, em vez de simplesmente copiá-la aqui (pois senão eu estaria fazendo audiência com o agito alheio, coisa feia... tsc, tsc).

Bem, eis o link!

sexta-feira, maio 26, 2006

Mauricinho Gaúcho!!!

Ronaldinho. Gaúcho, gênio, gremista. Tudo com G. A tradução da junção cósmica de todas essas qualidades num único Ponto G...

Ops, não era bem isso o que eu queria dizer!

Enfim, acontece que o Ronaldinho Gaúcho é novamente pauta deste blog, e eu só posso ser grato ao Maurício de Souza por me dar pretexto para isso.

Pois não é que o criador da Turma da Mônica assistiu ao vivo à final da Liga dos Campeões da Europa, no último dia 17?! Quando o Barcelona, time do Ronaldinho, sagrou-se campeão por 2 a 1, contra o Arsenal!?

Mais faceiro que gambá em sótão, Maurício de Souza, que acaba de lançar a primeira edição do gibi do Ronaldinho Gaúcho, fez uma homenagem ao craque (da bola, não do lápis) no portal da Turma da Mônica. Ei-la:



[no meio de toda essa bagunça que foi a comemoração, uma galera de jogadores do Barcelona foi desenhada junto]

Veja direitinho a matéria explicando a homenagem dando uma batucada rápida de dois tempos (usando o mouse como instrumento) aqui!

domingo, maio 21, 2006

Singelo Blues II

Só pra ressaltar: dê uma olhadinha mais atenta na seção Junk Drawer (mais especificamente em "Evolution of Baby Blues") do site Baby Blues. Ali diz como os personagens foram criados, mostra os esboços inicias e também as primeiras tiras. Muito interessante. Mesmo.



sábado, maio 20, 2006

Singelo Blues

É coincidência, juro! Novamente um post sobre blues no Cabruuum, na seqüência. Mas dessa vez não é música, e sim Baby Blues. Quem? Bem, no Brasil, se você conhece as tiras de que vou falar, você conhece por Zoé e Zezé.

[Dê uma incomodadinha com o botão esquerdo do mouse em cima do desenho e você vai parar no site dos personagens]

E o que é isso, companheiro? Trata-se de uma série de histórias em quadrinhos criadas por Jerry Scott e Rick Kirkman (infelizmente, os links que achei são todos em inglês, haja vista que os autores são estadunidenses. Se você for bom no enrolation, porém, há ainda duas entrevistas para o jornal Washington Post, uma com o Jerry e outra com o Rick. Se não for, tem este outro link aqui, que fala um pouco sobre os autores, traz uma lista de publicações, com as devidas resenhas, e ainda tem uma fotinho dos caras).

Bem, voltando: Zoé e Zezé / Baby Blues é a história de um casal envolvido na criação dos seus três filhinhos pequenos, e o enredo gira em torno de todas as ironias dessa fase da vida: as perguntas constrangedoras das crianças, as confusões dos adultos, não tão preparados para lidar com as situações... Até daria para fazer uma comparação com a Família Brasil, do Luís Fernando Veríssimo, se aí não se tratasse de filhos adolescentes e pais já maduros. Sem falar que o Veríssimo explora o humor exagerando situações, ao passo que Jerry e Rick trabalham simplesmente com...

... O SINGELO da Vida Real!!!




Isso, não haveria outro jeito de explicar: SINGELO... A palavra resume o tipo de obra que me atrai, e que me dei conta ao ler a orelha de uma edição de O Senhor dos Anéis, onde se diz que a história é "alternadamente cômica, SINGELA, épica, monstruosa e diabólica". O singelo foi o que me chamou mais a atenção ao ler essa epopéia do J. R. R.Tolkien.

Mas, enfim, largando as reminiscências e voltando para Zoé e Zezé. Aí o singelo está no enredo das histórias, que fala de coisas muito simples, do cotidiano de qualquer casal com crianças pequenas (pelo menos é o que eu, com 20 anos, solteiro, imagino) (sem falar que o fato de serem desenhos bem simplificados faz com que nos identifiquemos mais com os personagens, o contrário do que aconteceria se víssemos uma foto, por exemplo).

Tem outra coisa também. Hoje dei uma palestra para um grupo de estudantes da UFSM integrantes do Programa de Ensino Tutorial, vulgo PET, do qual eu participo. Entre outras coisas, procurei mostrar como a forma dos desenhos influencia nossa experiência de leitura. Turma da Mônica e Walt Disney, por exemplo, nos seriam mais simpáticos por terem formas arredondadas, suaves, agradáveis ao olhar. Uma aluna da biologia até deu um exemplo disso nos animais: filhotes sempre são redondinhos, suaves, para nos provocar compaixão, o que aumenta suas chances de sobrevivência.

Agora veja o jeito como os desenhos de Baby Blues são feitos e conclua se não contribuem para a impressão de singeleza...





Enfim, deixo a bola quicando pra você aí... Comece a cuidar mais a sensação que você tem ao se deparar com alguma imagem. Depois cuide os traços, as formas e, se houverem, as cores. Logo você vai se dar conta que há algumas coincidências...

segunda-feira, maio 15, 2006

Tuuudo azuuul, Adão e Eva no paraísuuu...

Temos batido na mesma tecla nos últimos posts do Cabruuum: quadrinhos e música. Ou melhor, temos batido na mesma corda. Daí que hoje a gente troca a guitarra pelo violão, e também muda de estilo.

Ok, mas que tem a ver o título deste post (pra quem não se deu conta, é o trecho da música Sem Pecado e Sem Juízo, de Baby do Brasil) com a pauta (jornalística, não musical)? Bueno, a princípio, nada. Quer dizer, eu vou escrever sobre o livro Blues, do Robert Crumb. De Blues pra blue (=azul, em inglês), foi um tapa. Ou mesmo uma cacetada na cabeça, que me deixou sem criatividade.

Mas vamos ao que realmente interessa. Quem é Robert Crumb? Esse cara nascido para os quadrinhos, com uma onomatopéia no nome!

Bem, ele é tão conhecido que achei que a internet borbulharia de coisas a seu respeito. Achei, porém, só coisas bem simples, como:

"Robert Crumb é um artista e ilustrador que assina seu trabalho como 'R. Crumb'. Crumb foi um dos fundadores do movimento underground dos quadrinhos cômicos, e é considerado frequentemente como a figura mais proeminente nesse movimento. Seus trabalhos foram bastante apreciados na cena hippie, tendo deixado marcado nesta década a frase Keep on Truckin´ e os personagens Mr. Natural (um sábio mestre) e Fritz, the cat, um gato boa vida que usa muitas drogas e tem uma vida sexual bastante lasciva." (Isso estava na Wikipédia, em português. Se tu manjar de inglês, eis uma versão bem mais completa!)


[esse é o Mr. Natural]


Já este texto aqui é bem mais realista (e vem até com um autodesenho do cara):

"Robert Crumb nasceu em 30 de agosto de 1945, na Filadélfia, num ambiente bem neurótico. O pai gostava de bater na família toda e a mãe vivia dopada com remédios. Claro que todo esse exemplo resultou em filhos - adolescentes e depois adultos - deslocados. Segundo o próprio Crumb, seu irmão (com quem editava gibis) era tão depressivo que acabou suicidando-se.

Com toda essa carga familiar, Robert Crumb sobreviveu, mas seu desenho acabou refletindo personagens gordos, sujos, asquerosos, paranóicos (com muito humor), uma característica do quadrinho underground - sátira do estilo de vida americano. Os personagens: Angelfood Mc Spade; Mr. Natural; Leonore Golberg e Fritz, the cat, saíram entre 1962 e 1968 e consagraram-no como um dos gurus da contracultura. Crumb sofreu um processo por ter desenhado uma história de incesto (revista Zap nº4) e foi condenado pelo tribunal. Atualmente vive retirado numa fazenda e se diverte tocando banjo numa banda country." (Isso estava neste link aqui)

Também tem uma entrevista concedida para a Folha de São Paulo; infelizmente, por telefone. Apesar disso, dá para aprender alguma coisa sobre o pensamento do cara. Basta cutucar aqui!

E você tem ainda a opção de olhar o site oficial do Crumb ou outro de fãs dele. Tem também o The Crumb Museum e este outro aqui, que resume, em inglês, algumas de suas obras.

Mas, no fim, acho que dá pra conhecer muito bem o trabalho dele por meio deste desenho:




Voltando ao Blues...
... que é o trabalho dele que eu li. Trata-se de um álbum sobre blues, esse estilo musical de origem afro-americana. Crumb é tarado (não haveria palavra melhor) por blues e, de certa forma, o livro é uma homenagem ao seu objeto de culto.


[eis o livro. Se machucar com o mouse em cima, tu vai parar no site da editora, bem no texto sobre essa obra]

Antes de ler, achei que a obra seria um exemplo de jornalismo em quadrinhos. Depois percebi que só a historieta sobre Charley Patton, um homem do blues, poderia ser encarada como. Mais tarde, até essa hipótese foi refutada: no posfácio, Crumb conta que fez a pesquisa para a história no livro Deep Blues, de Robert Palmas, de 1981, cuja maior parte das informações foi posteriormente contestada.

Outras partes de Blues são antológicas. Na série "As velhas canções são as melhores", Crumb desenha algumas músicas. Isso mesmo, desenha. Desenha a imagem que ele faz de determinada música, o que lhe vem a cabeça quando a escuta. Assim, "On the street where you live", "Purple Haze" e "When you go a courtin" são parodiadas com desenhos.

Em "É a vida", Crumb relata um pouco da sua história de fã de blues, batendo de porta em porta em bairros antigos à cata de discos velhos abandonados.

[o autor, se auto-representando]

Em "Onde foi parar toda aquela magnífica música dos nossos avós?" e "Por que será que ver pessoas agitando e requebrando é tão repugnante pra mim??", Crumb mostra bem a que veio, mostrando toda a sua visão de mundo. Nessa última historieta, aliás, o autor relata (sempre sarcasticamente) como alguns desenhos antigos dele foram distorcidos a tal ponto que, para os outros, viraram um símbolo justamente daquilo do que, com eles, Crumb tentava criticar. Já "Quadrinhos Be Bop Cubistas" é uma experiência visual do autor.



[um dos desenhos de Blues]

Talvez a história mais marcante do livro seja uma composta de somente 12 quadros, todos do mesmo tamanho e retratando uma paisagem fixa ao longo do tempo, cada quadro representando uma época diferente. Assim, "Uma breve história da América" vai da imagem de um campo desabitado até uma rua cheia de carros, lojas e outdoors, concluindo com a pergunta: "E agora?!!"

Em Blues você também encontra uma série de cartazes e capas de LPs desenhados por Crumb. E, no fim, um posfácio do autor, bem interessante, principalmente por ele mostrar como é conduzido pela sua obra, e não o contrário. Acontece de muitas vezes começar uma história querendo terminar dum jeito e, sem querer, terminar de outro. Mais ou menos como errar o chute e fazer o gol.

***

Agora eu peço ajuda a você, cabruuunco (ehehehe). Calma, calma, não precisa sumir não, não é dinheiro que vou pedir. Pelo menos não agora. Eheheheh. O Cabruuum ainda se sustenta.

Acontece que Crumb cita, em Blues, o documentário feito por um amigo dele, Terry Zwigoff, cujo título é justamente Crumb. Trata-se, portanto, de uma biografia do desenhista. Não encontrei em nenhuma locadora de Santa Maria. Se você tiver acesso a esse filme, sinta-se convidado a escrever no Cabruuum sobre ele.

É isso.

segunda-feira, maio 08, 2006

Incrível, até Jesus está dando mosh agora!

Isso mesmo. A Mosh!, revista de quadrinhos e roquenrou, pauta deste humilde blog há alguns posts, está sendo vendida a partir de hoje também na Zona Franca Comics, loja especializada em HQs que fica no Santa Maria Shopping. Culpa do dono do estabelecimento, o Jesus Ferreira, que topou a empreitada.

É isso. Quem for de Santa Maria, dê uma passadinha lá!

Os X-men de Santa Maria

A Feira do Livro de Santa Maria foi hoje o palco do lançamento da sétima edição da revista Quadrante X.

Tá, mas que é isso? Uma entidade?

Meu filho, vamos com calma.

A publicação é realizada pela Quadrinhos S.A., o núcleo de quadrinistas de Santa Maria. Participaram desta edição 12 membros do grupo.

Deixa eu ver, deixa eu ver!

A Quadrante X é composta por reportagens e também por histórias em quadrinhos.

Deixa eu ver, vai, deixaaaaaaa...!

Pronto, tá aqui, ó, a capa! Mas vai lavar as mãos antes!!!




***

Para não deixar você voando como as borboletinhas da Feira do Livro de Santa Maria, eis uma reportagem sobre a Quadrante X e a Quadrinhos S.A. escrita por mim no ano passado (as fotos e a legenda são de hoje):

Os X-men de Santa Maria

Você não precisa ir até a única janela da sala de aproximadamente 9m2 para ver a chuva. A um metro da soleira, algumas gotas insistem em cair do teto, encharcando o carpete. Uma estante de metal, que ficava bem ali, foi afastada para não molhar os gibis. Muitos exemplares, como a versão em quadrinhos de "Hamlet" e "O Conde de Monte Cristo", foram empilhadas em cima da mesa, perto da porta, no lado oposto ao da janela, para não molharem. Na estante de madeira, formando um triângulo com a porta e a janela, alguns livros de mangá e gibis raros descansam, longe da água. Um mural, alguns cartazes de filmes, como o do Homem-Aranha, e um quadro adornam as paredes com apenas uma demão de tinta, na promessa de serem pintadas assim que o tempo melhorar.

Essa é a sede da Quadrinhos S.A., o núcleo de quadrinistas de Santa Maria. A sala - onde o núcleo está desde abril, depois de ter passado por outras três salas da Casa de Cultura - tem também uma cafeteira, doada pelas professoras da escola de artes, um andar abaixo (estava estragada, os quadrinistas consertaram, as professoras decidiram deixar com eles). Também há um ponto de internet, apesar de não haver computador, pelo risco de estragar com as goteiras do teto.

O X da questão

Olhando para o Trava desenhado numa das paredes ao lado de outras figuras, você fica imaginando como ele seria diferente se fosse colorido. Trava é o personagem do Milton, ex-integrante da Quadrinhos S.A.. Ex, porque perdeu o emprego e teve que se mudar para Porto Alegre, onde trabalha como publicitário. Não dava para se sustentar apenas com a renda das tiras que publica no Diário de Santa Maria.

A saída de Milton foi uma grande perda para a Quadrinhos S.A., pois o quadrinista costumava passar seu conhecimento aos demais. Nomes de referência, porém, não faltam.


[charge do AlMário, um dos integrantes do núcleo, para a sétima edição da Quadrante X]


Byrata, por exemplo, que já foi presidente da Quadrinhos S.A. e está quadrinizando a lenda de Imembuí, é um dos quatro integrantes - ao lado de Orlando Fonseca, Máucio e Elias - da Associação Cultural Grupo de Risco, entidade criada no final da década de 90 para promover as histórias em quadrinhos. Dessa união surgiu a revista Garganta do Diabo, que em dezembro do ano passado foi ressuscitada em forma de encarte pelo Diário (ao fim de 2005, isso deverá acontecer de novo). O Grupo de Risco também visitou escolas e distribuiu, em 1998, a Gargantilha, uma cartilha editada gratuitamente pelos quatro com o objetivo de assessorar os professores dos Ensinos Fundamental e Médio a usar quadrinhos em sala de aula. É por essas e outras que Marcel Jacques, estudante de Desenho Industrial e membro da Quadrinhos S.A., define o quarteto como "ícones do quadrinho santa-mariense".

A inspiração para a Quadrante X, revista do núcleo de quadrinistas, deve ter saído daí. A Quadrinhos S.A. está às vésperas de lançar a sexta edição, cujo número zero surgiu em maio de 2003. A tiragem gira em torno de 300 a 500 exemplares, conforme a verba. A periodicidade é instável, também: entre 3 ou 4 meses sai um novo número, dependendo do orçamento e da disponibilidade de tempo dos membros do núcleo, que não vivem dos quadrinhos.

Quadrante X foi a segunda denominação mais votada na eleição para o nome do grupo. Ganhou Quadrinhos S.A. e o segundo lugar virou nome da revista. Mas por que o X? Marcel conta que muita gente pergunta se tem a ver com os X-Men, famoso grupo de personagens mutantes da editora Marvel Comics. Não tem nada a ver com isso!

- O "X da questão" é Santa Maria! - esclarece Marcel.

Não é à toa que a capa do número zero da Quadrante X foi o desenho de um xis sobre um fundo preto, marcando as coordenadas geográficas da cidade: 29,68417 graus Oeste, 53,80694 graus Sul.


[Marcel, no lançamento da revista hoje]


Heróis

O quadro é o elemento básico de qualquer história em quadrinhos. No caso da Quadrinhos S.A., porém, o quadro às vezes parece desolador.

A Quadrinhos S.A. foi fundada em 21 de março de 2002, inicialmente com 45 membros. Hoje eles são onze, entre professores, estudantes, artistas plásticos e profissionais desempregados. Cada um paga uma mensalidade de R$ 1,00 para a compra de materiais, como nanquim e papel. O valor não é suficiente para a aquisição de obras de referência, como "Quadrinhos e arte seqüencial", de Will Eisner, e "Desvendando os quadrinhos", de Scott McCloud. Portanto, o núcleo vem se virando a base de promoções, como dois manuais de desenho por apenas R$ 3,90. (Marcel vai fazer uma proposta para Jesus Ferreira, dono da Zona Franca Comics, loja do Santa Maria Shopping, para parcelar em ao menos duas vezes o "Narrativas gráficas", do Eisner. O livro custa quarenta reais).

Apesar das dificuldades, a Quadrinhos S.A. orgulha-se de não depender de nenhuma verba da Secretaria de Cultura. A prefeitura cedeu a sala na Casa de Cultura e nada mais. O resto é por conta deles.

O segredo da continuação do núcleo de quadrinistas perante todos os revezes é um estatuto forte e muita dedicação. Dedicação essa que faz os integrantes pensarem grande: a Quadrinhos S.A. ambiciona, um dia, virar empresa! E aí a Quadrante X não vai mais ficar escondida nas bancas de jornal de Santa Maria, atrás de dezenas de gibis coloridos: o grupo terá sala própria, orçamento, estrutura! Mas continuará sendo a Quadrinhos S.A., aquela que ficava no segundo andar da Casa de Cultura, onde, quando chovia, molhava tudo...