domingo, julho 29, 2007

O apurador da pauta no recreio - parte 2

Manter um blog é realmente fascinante. No último post, por exemplo, preguiçosamente provoquei o(s) leitor(es) do cabruuum para apurar uma pauta por mim. Obtive pelo menos dois retornos importantíssimos. O primeiro, do cartunista Maumau:

"Alo Paim,
A única pista que eu tive quando vi foi o nome Fisher-Price, que é uma marca de brinquedos pra crianças beeem pequenas (ele usa esses pseudo-playmobils – ou Playmobiiis, playmobiles – como personagens) ... Daí eu achei este link:
http://cardhouse.com/x07/catcher2.htm com a segunda parte e o nome do autor (Evan Dorkin), e de quebra um link pro site do cara: http://houseoffun.com/"

E, agora há pouco, Michele Prado (que em breve você conhecerá por meio da "Série Jornalismo em Quadrinhos"), também me mandou um e-mail:

"Oi, Augusto! Eu vi seu texto no Cabruuum sobre a Adaptação em quadrinhos do Apanhador no campo de centeio e olha o que eu achei. Fonte: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4781792Z9 Manoel, João; MARTINS, L. G. F.. Participação em banca de Glauber de Matos Guimarães. O apanhador no campo de centeio Adaptãção do romance de J.D. Salinger para quadrinhos. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Desenho Industrial - Programação Visual) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade P. Mackenzi.
Pelo visto parece que foi um trabalho de conclusão de curso... Era disso que vc estava falando?
"

Bem, pelo que entendi, não se trata do mesmo trabalho que fiz mênção no último post. Em compensação, é um belo desdobramento da pauta original. Em breve espero retornar sobre o trabalho do Glauber.

É isso. Outras contribuições serão bem-vindas! Acho que vou fazer mais vezes isso de provocar você, leitor. Eheheh.

sábado, julho 28, 2007

O apurador da pauta no recreio

De todas as barbaridades que já aprontei por aqui, acho que esta vai ser a melhor/pior: vou usar de toda minha cara-de-pau pra lançar uma pauta pra você mesmo apurar, leitor do cabruuum. A cara-de-pau é tanta que ainda vou dizer que estou sendo pedagógico e provocando a interação com você, leitor; vou dizer que sou adepto do jornalismo participativo.

Pois bem, flanava eu pelo Culturalhia, um blog nascido em 2005. Eu e o professor Paulo Roberto Araújo criamos a disciplina complementar de graduação (dcg) de Jornalismo Cultural na UFSM, e o blog foi um dos trabalhos da dcg, justamente um projeto coletivo. Pois bem, (ciber)flanava eu por lá, me admirando com a pluralidade e ineditismo das pautas (com o grande mérito de fugir do que usalmente sai na mídia), me sentindo orgulhoso.

Enfim, ciberflanava eu por lá quando dei de cara com este post: (cutuque-me).

O post é do meu companheiro de blog e jornalismo, Leonardo Foletto, dono do Cena Beatnik, sobre rock'n'roll. No post, o Léo falava do livro "O apanhador no campo de centeio", do J. D. Salinger. Como ilustração, postou esta página de HQ:




Abaixo da imagem, o Léo singelamente legendou: "uma adaptação do livro para os quadrinhos". Desde então, não tive descanso, procurando e procurando o autor, pesquisando se a história tem continuação, etecétera, etecétera. Flanei por uma dezena de páginas cabruuum afora, e não obtive nenhuma informação consistente que eu pudesse dizer "quem fez a adaptação foi o Fulano, e a história completa você lê aqui", ao mesmo tempo que um torturador ameaçasse cortar minha mão caso o link não funcionasse ou alguma informação estivesse errada.

Pois bem, não me senti seguro para afirmar algo por minha conta em risco. E é aí que você entra, caro leitor. Se conseguir essa ilustre façanha de descobrir tudo sobre a HQ adaptada do Salinger, você ganha... você ganha...

... Meus sinceros parabéns!

sexta-feira, julho 27, 2007

quarta-feira, julho 25, 2007

ctrl C + ctrl V

HQ de exportação

Quando a quadrinista Fernanda Chiella criou um perfil no site ComicSpace, a idéia era apenas encontrar outros fãs de gibis. Mas o que Fernanda conseguiu foi o emprego dos sonhos: um contrato com a editora americana Shadowline, um selo da gigante dos quadrinhos Image Comics.

[leia mais]

Latuff e Pan

Ano passado, postei aqui a notícia de que o cartunista brasileiro Carlos Latuff foi ameaçado pelo Likud, um partido de direita em Israel.

Pois bem, a carreira de ameaças de Latuff tem agora um novo capítulo, por causa disto:



Como estamos em plenos Jogos Pan-Americanos, um charge desse tipo só poderia ser censurada. Que não se entenda, porém, que Latuff é daqueles agitadores por natureza. Pois ele é engajado, e é isso que causa as polêmicas. No caso do Likud, ele estava sendo acusado de difamar Israel por causa de suas charges denunciando a violência contra os palestinos. Agora, Latuff está sendo intimado por protestar, com o desenho que você viu, contra uma série de eventos não divulgados pela mídia que acompanha o Pan. Eventos, inclusive, ligados ao Pan.

Bem, não entro em detalhes porque o Marcelo Salles, do Fazendo Media, já diz tudo o que está acontecendo. Se quiser saber, então, cutuque aqui!

Série Jornalismo em Quadrinhos - parte 2

Dando continuidade à série anunciada esses dias, apresento o pesquisador:

Flávio Valle
Flávio formou-se em Jornalismo este ano, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), defendendo a monografia:

Quadro a Quadro - Reflexões sobre o Jornalismo em Quadrinhos

Cutuque sobre o título aí em cima para baixar o trabalho, que inclusive rendeu um convite do Waldomiro Vergueiro para apresentá-lo (o trabalho, não o Waldomiro) no próximo dia 10, no Núcleo de Pesquisas em História em Quadrinhos da USP.

Pois bem, eis o resumo: "esta monografia procura estabelecer uma reflexão sobre a consolidação do Jornalismo em Quadrinhos como um novo dispositivo. O contexto de seu surgimento a partir do encontro entre o Jornalismo e a História em Quadrinhos. O desenvolvimento da indústria jornalística, a consolidação do telejornalismo como modelo hegemônico de dispositivo noticioso e a crise entre as fronteiras do real e da ficção enfrentada pela narrativa jornalística. O nascimento da História em Quadrinhos nos jornais norte-americanos, a consolidação das hagaquês como meio de comunicação de massa e o processo de conquista do real iniciado pelos quadrinhos underground. A partir do diálogo entre os dispositivos jornalístico e quadrinístico, foram identificados os elementos de um modo de fazer quadrinhos jornalísticos. Em seguida, esses elementos são confrontados com o livro-reportagem Área de segurança Gorazde: a guerra na Bósnia-Oriental, escrito pelo jornalista Joe Sacco."

Se quiser visitar o blog do Flávio Valle, vá para ! Se o que interessa é o currículo dele, então vá para !

terça-feira, julho 24, 2007

Liniers

Esses dias, publiquei aqui a tira do policial que também é artista plástico. Ficou faltando a referência do autor, coisa que o Kayser resolveu pra mim.

Pois trata-se de um trabalho do argentino Liniers. Um trabalho tal qual este:


Cutuque no link lá em cima para ir parar no verbete do Liniers na wikipedia. Lá também há links para os dois blogs do dito cujo.

sábado, julho 21, 2007

ACM... KKKKKKK!!!

Ontem morreu o Antônio Carlos Magalhães, e alguns cartunistas
da Grafar, como se fossem ciganos, resolveram (fazer) rir:


Cutuque com o botão esquerdo do mouse sobre cada um dos desenhos para ir pro site/blog dos autores.

quinta-feira, julho 19, 2007

Série Jornalismo em Quadrinhos - parte 1

Nos últimos dias, troquei alguns e-mails com Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisa em História em Quadrinhos da USP. Graças a esses e-mails (e mais outras tantas orkuteadas, googleadas e msnadas), acabei entrando em contato com alguns trabalhos acadêmicos sobre Jornalismo em Quadrinhos. Ao todo, descobri oito trabalhos, além da minha própria monografia. Em alguns casos, foram até produzidas reportagens no formato de HQ.

Pois bem, motivado por esse novo e recente objeto de pesquisa, decidi que, a partir de hoje, o cabruuum terá uma série especial sobre Jornalismo em Quadrinhos. E o pesquisador que abre a série é:

Felipe Muanis
Ele é Mestre pela PUC-Rio, mesma universidade por onde se graduou em Comunicação Social, no ano de 1996. O Doutorado não, o Doutorado ele faz pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com bolsa-sanduíche na Alemanha. Mas Felipe segue fazendo parte do quadro de professores da PUC-Rio, onde, entre outras coisas, pesquisa o audiovisual e suas relações.

Um detalhamento da formação do Felipe você encontra cutucando aqui e ali. Interessa saber que ele também tem trabalhos com direção de arte em cinema, além de ser ilustrador.

E o trabalho que o fez parar aqui é o:

Imagem, cinema e quadrinhos: linguagens e discursos de cotidiano

Cutuque sobre o título aí em cima para baixar o artigo. Eis o resumo, feito pelo próprio Felipe: "as histórias em quadrinhos cada vez mais se mostram uma mídia extremamente funcional para a comunicação. Alguns autores, recentemente, trabalharam com o gênero jornalístico, trazendo uma nova perspectiva para sua funcionalidade. Através de questões sobre o narrador de Walter Benjamin e conceitos de Certeau, pretende-se mostrar a vitalidade dessa mídia na construção dos relatos de cotidiano."

terça-feira, julho 17, 2007

Maratona quadrinística de Recife

Em tempos de Jogos Pan-americanos, o resultado do último "Recife 12 Horas de HQ" vem a calhar. Confira, dá para baixar as histórias em quadrinhos!

segunda-feira, julho 16, 2007

Calvinismo

Há algumas semanas, li o livro "O Mundo É Mágico: as aventuras de Calvin & Haroldo", do Bill Watterson. Você já deve conhecer, imagino. Por via das dúvidas, o Calvin é o guri, e o Haroldo é o tigre aí embaixo:


Tirei essa tira do livro. Tive de dividi-la em duas e montá-la uma em cima da outra, para melhor visualização aqui. Só pra registrar.

Pois bem, o Haroldo talvez não exista. Talvez. Pois o Haroldo é o bicho de pelúcia do Calvin, que tem 6 anos. Nas tiras, só o Calvin consegue vê-lo assim, humanizado. Quando outras pessoas aparecem na história, o Haroldo é apenas um bonequinho sem vida. O que dá margem para várias interpretações: Haroldo pode ser um amigo imaginário ou um alter-ego do Calvin (ou até mesmo do próprio Bill Watterson, poderiam dizer).

Mas o que realmente me chama a atenção nesse trabalho do Watterson é a rica mitologia criada por ele. Afinal, é tão difícil criar uma personagem sólida, que circule num cenário coerente e conviva com personagens secundárias capazes de render boas histórias...

Calvin e Haroldo é assim. E o fato de só o Calvin (e nós, inclusive, num belo jogo de interlocução e ambigüidade) poder ver o Haroldo é um dos vários pontos altos das tiras.

Um humor inteligente, tornado possível por meio de histórias singelas. Já comentei aqui o quanto eu gosto de histórias singelas, que quando bem feitas são as melhores. Pois bem, Calvin é exatamente isso. Você aprende com o Calvin, tira lições pra sua vida; você questiona seu modo de pensar, sua visão de mundo; você questiona o modo de viver em sociedade hoje. E Calvin é apenas uma criança de 6 anos!

Quer saber mais sobre?

* Calvin e Haroldo .com.br

* Bill Watterson na wikipedia (em inglês)

* Depósito do Calvin

quarta-feira, julho 11, 2007

Eles vão discutir em alemão? Vai parecer que estão brigando...

Congresso alemão discute humor no mundo árabe

Um congresso na Alemanha debate neste fim de semana as diferenças entre o humor no Ocidente e em países islâmicos, que freqüentemente levam a mal-entendidos entre as culturas.
[leia mais]

Veja também o que saiu aqui, no cabruuum, na época da publicação das charges aquelas de Maomé: cutuque-me!

terça-feira, julho 10, 2007

Gonzopost

É sempre interessante desvendar o caminho de produção da notícia. Eu, pelo menos, acho.

Hoje, então, vou dar todo o itinerário.

Estava eu belamente visitando a comunidade no orkut sobre Jornalismo Gonzo. De lá, fui parar no Jornalista de Merda, onde tem esse desenho aí do lado, na cabeceira do blog (vale a pena visitá-lo: no último post, o jornalista André Pugliesi conta suas peripécias carregando a tocha do Pan-Americano, mostrando, com extrema realidade, o peso da sua tarefa).

Bem, há um link no Jornalista de Merda que diz "Crédito". Cutuquei ali com o mouse e fui parar no Benett-o-matic. E eis que, enfim, cheguei à pauta deste post.




O Benett é o cara que fez o desenho para o blog do André. Gostei das tiras dele, e mandei-lhe um e-mail com perguntas bem simples, dessas que até um guri na rua pode fazer, se você lhe der umas balinhas.

Daí que, mais divertido que desvendar o caminho de produção da notícia, é ler as respostas que os cartunistas costumam dar às perguntas. Realmente, muito divertido. Vou transcrever tal e qual:

Eu: Então, Benett, são perguntas simples, pra começar. Tu tem o blog desde janeiro de 2003, não é? Como começou (vinculado a algum projeto, iniciativa própria, em que momento de inspiração, etc.)?
Benett: Lembro ter pensado, na época, que blog era um site feito para retardados poderem atualizar, sem precisar entender porra nenhuma de linguagem de informática. Ou seja, sob medida para mim. Muito mais prático que um site e sem editores... eu estava livre para publicar o que bem entendesse a hora que quisesse. E hoje, considero o melhor veículo para se publicar material autoral. E o que paga pior.

Eu: Qual tua formação? Aliás, que idade tu tem?
Benett: Sou formado em jornalismo e tenho a mesma idade de quando aquele garotão de barbas e cabelos longos vestiu o paletó de madeira, há pouco mais de dois mil anos...

Eu: Está trabalhando? E já trabalhou antes?
Benett: Trabalho num jornal chamado Gazeta do Povo, de Curitiba, há quase 8 anos, como ilustrador e chargista. Antes, trabalhei como chargista num jornal do interior. Fora outros empregos como balconista de locadora e outros piores.

Eu: Tenho autorização para publicar alguns trabalhos teus no cabruuum?
Benett: Claro, à vontade. Pega o que quiser.


Bem, já nem vejo necessidade de "re-postar" os trabalhos do Benett aqui. Afinal, a resposta dele já deve deixar você curioso, não? Bem, então batuque com o mouse aqui!

***

Ps.: as perguntas que fiz para o Benett eram iniciais, para começo de conversa. Depois faria outras, e outras, até ter uma reportagem. Assim se faz jornalismo, com os bastidores ficando só em ciência do repórter e do entrevistado. Bem, eu acho isso um saco.

Como a resposta do Benett já me pareceu bem reveladora (na medida do possível), deixei o e-mail falar por si mesmo.

***

Ps2.: por outro lado, isso me faz lembrar de outras entrevistas/perfis que saíram aqui no cabruuum, todas iniciadas com essas minhas perguntas inteligentíssimas. Eheheh.

Vale relembrar:

* Pablo Mayer - a resposta dele há um e-mail meu também foi divertidíssima. Transcrevi-a no post, veja. Depois, ainda publiquei mais alguns de seus desenhos.

* André Dahmer - essa foi a mais fenomenal de todas. Mandei um e-mail para o famoso autor dos Malvados, que também publica no Estadão. Fui esnobemente esnobado. Mesmo assim, desprovido de auto-estima, fiz um post sobre o trabalho do cara, ao melhor estilo Jornalismo Gonzo (já me perguntaram se eu estava realmente borracho quando fiz o texto. A resposta é óbvia: sim!).

Depois fiz mais três posts: no primeiro, falei do site dos Malvados, a despeito da resposta do Dahmer: "a imensa maioria de suas perguntas outros jornalistas já fizeram"; no segundo, fiz uma análise semiótica de uma tira, dessa vez sem estar borracho; no terceiro, segui com a análise.

Para minha surpresa, o André Dahmer voltou ao blog. Deixou um comentário no post seguinte, que me deixou feliz à beça. Aí o cabruuum mal tinha um mês de existência, então o fato foi fundamental para ele estar aqui até hoje.

É isso. Desculpa esse saudosismo, mas é sempre bom lembrar de coisas que foram/são importantes...

segunda-feira, julho 09, 2007

As aventuras de um policial que também é artista plástico

Exemplo de uma das pérolas que recebo pela lista de discussões da Grafar:



Pena que não consegui decobrir de quem é a tira. Mas ela está publicada no jornal argentino La Nación, onde, na seção "Entretenimientos>Humor", você encontra desenhos do Tute e do Nik, como estes:





sábado, julho 07, 2007

Tinta Gaúcha

Um blog, quando surge hoje em dia, é que nem criança que nasce em favela: a expectativa de vida e as chances de ela dar certo são baixíssimas...

(Nossa, essa foi péssima. Vou até tirar meu agasalho, porque sei que passarei calor no inverno.)

Mas bueno, de vez em quando surge uma criança que deslancha, faz sucesso. Enfim. Raro mesmo é nascer já com futuro garantido.

Bem, voltando a falar de blog, que é o que nos interessa. Agora surge um que se encaixa exatamente nessa situação de exceção:


Trata-se do Tinta China, o recém criado blog da Grafar, a associação dos artistas gráficos gaúchos. Há um ano participo da lista de discussões da Grafar, que tem mais de cem componentes. Dali, inclusive, vem boa parte das minhas pautas aqui no cabruuum.

Faz tempo que eles falam em criar um blog, e agora o fizeram. Dê uma passada por lá. É um blog diferente dos demais, principalmente porque é feito por quem entende da área. Também é organizado (no sentido de ter sido testado e testado antes de ir para o ar, entre outras coisas) e plural (no sentido de que você encontra lá trabalhos dos mais diferentes e importantes artistas gráficos do Rio Grande do Sul, alguns nem morando mais aqui). O Tinta China também já nasce com uma rede própria de auto-divulgação, o que é essencial para firmá-lo.

Enfim, é um blog que tem tudo para dar certo.

***

Ps.: o presidente da Grafar, Eugênio Neves, está com uma exposição virtual na grande rede. Cutuque sobre a figura abaixo:

quarta-feira, julho 04, 2007

Efeito camaleão

Ano passado, estive na Argentina. Lembra? Escrevi sobre isso no blog.

Bem, lá comprei o livro "Humoris Causa" (um belo nome), do cartunista argentino Caloi. Cheguei a comentar algo sobre o autor. Inclusive, depois descobri que ele é pai de outro cartunista, o Tute.

Mas bem, voltando ao livro. Naquela época, uma das histórias em quadrinhos já havia me chamado a atenção. Agora posto-a aqui:


Cai como uma luva numa das situações que estou vivenciando, agora que estou morando sozinho em Porto Alegre: aquela sensação de chegar numa cidade grande, estranhá-la no começo e, aos poucos, ir se acostumando, entrando no ritmo, às vezes sem se dar conta.

(Na HQ do Caloi, essa adaptação é bem rápida... Eheheh)

Bem, esses dias fiquei sabendo que esse processo tem nome. Chama-se "efeito camaleão". E vale não só para quem vai de uma cidade pequena para uma maior, mas também vice-versa.

Obs.: a visualização da HQ não ficou boa aqui no blog. Vou tentar descrever: um cidadão sai do metrô (na Argentinha, chamam de "subte") e encara a correria das pessoas no cotidiano. Essa correria é representada por traços borrados (como quando se fotografa algo em movimento), indo de um lado para outro. Então, no penúltimo quadro, o cidadão faz uma cara de surpresa ao chegar perto de uma esquina. O resto vocês entendem: uma mão gigante o persegue para lhe dar um peteleco.

As metáforas e análises da história são inúmeras, não sei se devo colocar as minhas interpretações aqui... Talvez fosse bom cada um entender ao seu modo. Mas, enfim, vou pensar no caso.

Daumier e Nadar

Há duas semanas, durante uma aula da Oficina de Criação Literária, o escritor Luiz Antônio de Assis Brasil mostrou-nos esta charge:


Trata-se de um trabalho de Honoré Daumier. No desenho, o cartunista francês satiriza Félix Nadar, fotógrafo que tirou a primeira imagem aérea do mundo, a bordo de um balão. Foi essa situação que Honoré retratou, jocosamente, em 1862.

Nadar também teve outras façanhas: tirou a primeira fotografia marinha e foi um dos primeiros a utilizar iluminação artificial. Vale a pena visitar a seção dele e do Honoré na wikipedia (os links estão aí em cima, no texto). Lá você também encontra este retrato do Honoré, feito pelo próprio Nadar: