quinta-feira, outubro 29, 2009

Onde comprar sua biografia em quadrinhos do Johnny Cash

Há muita gente perguntando "onde posso comprar o meu exemplar de 'Johnny Cash - uma biografia'?"

Bueno, eu mesmo não sabia, mas agora vi que o livro está disponível no site da Livraria Cultura. Cutuque aqui para ver. Pode ser enviado para qualquer lugar do Brasil.

Em tempo: o livro, de autoria de Reinhard Kleist, ganhou o prêmio de melhor quadrinho alemão em 2008 e já foi traduzido para mais de cinco idiomas. Confira a matéria que saiu no site da revista Rolling Stone.

terça-feira, outubro 27, 2009

Para quem não pôde ir

A quadrinista Ana Luiza Goulart Koehler fez um favor imenso para quem não pôde ir semana passada na oficina com o quadrinista alemão Reinhard Kleist, no Instituto Goethe de Porto Alegre. O autor de "Johnny Cash - uma biografia" (cutuque aqui para ler matéria da revista Rolling Stone) falou sobre o seu processo fazendo biografias em quadrinhos.

Vai parecer frase de release, mas não é: quem esteve no workshop saiu de lá enriquecido. Realmente, o conteúdo foi de primeira. Koehler, que estava presente, fez inúmeras anotações e achou que isso deveria chegar a outras pessoas.

Bem, segue abaixo o resumo do workshop. Cutuque sobre a imagem para ler a página abaixo diretamente no site de Koehler.


quinta-feira, outubro 22, 2009

Jack Kerouac em quadrinhos


A reportagem acima (cutuque em cima para ampliar) foi feita por Márcio Grings (roteiro) e Paulo Chagas (desenhos) e saiu no jornal Diário de Santa Maria, do grupo RBS. Fez parte de um caderno especial sobre quadrinhos de não-ficção, publicado na semana passada.

Grings (que trabalha na Rádio Itapema SM, também do grupo RBS) teve a inspiração ao saber da notícia de que a obra "Johnny Cash - uma biografia" sairia no Brasil. Aliás, já saiu!

No blog do Grings, ele relata os bastidores envolvendo essa reportagem sobre o escritor beatnik Jack Kerouac.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Se Johnny Cash tivesse visto essa...

Coisa boa quando trabalho e diversão se misturam. Mas isso não é fácil de se conseguir, precisa de um grande empenho. Dá trabalho se divertir no trabalho.

Então, não foi fácil sair assim sorridente nesta foto, ao lado da minha namorada Greta Lemos e do quadrinista alemão Reinhard Kleist, em uma balsa para Niterói, no Rio de Janeiro, onde visitaríamos o Museu de Arte Contemporânea do Niemeyer.



O Kleist é gente finíssima, pessoa de uma simplicidade incrível. Nem parece o autor de uma obra vencedora do prêmio de melhor quadrinho alemão de 2008, a biografia em quadrinhos de Johnny Cash. Você já deve estar sabendo, né? Saiu no site da Rolling Stone Brasil...

Aliás, pensamos que era Johnny Cash o topetudo à esquerda na foto abaixo, tirada na festa de pré-lançamento do livro no Cine Lapa, na College Rock Party, no Rio de Janeiro.

Na verdade, ele é Erik Judson, autor e personagem das histórias em quadrinhos "Rocker", publicadas na revista Jukebox e na Mosh!, esta última já fora de circulação. Renato Lima, de amarelo na foto abaixo, quadrinista, editor e organizador da festa, foi o responsável por todo esse gostoso fuzuê em torno do Kleist no Rio de Janeiro. A moça da foto é Clara Polainas, DJ da festa.


Já o de vermelho é Maurício Garcia, vulgo "Mauk", músico, fã de Johnny Cash. Mauk ia tocar no pré-lançamento sábado à tarde em uma livraria carioca, com repertório especial e gentilmente preparado para o evento. Como a editora não enviou os livros, teve que ser cancelado.

Mas Mauk não se fez de rogado e foi ao Cine Lapa, onde ostentou a sua tatuagem com o tema Johnny Cash, mostrando que é fã mesmo:


Como diria Renato Lima, foi SEN-SA-CI-O-NAL! Mais de 350 pessoas foram à festa num dia em que choveu água e helicóptero no Rio... (seria cômico, se não fosse trágico)

Isso foi no sábado, dia 17. À meia-noite começou o horário de verão. No domingo, perdemos uma hora de vida no Rio e fomos para uma Porto Alegre ensolarada, o que serve de consolo.

Na segunda-feira, 19h, o evento que organizei com extremo empenho junto ao Instituto Goethe de Porto Alegre durante meses. Abaixo, fotos dos momentos antes de começar a entrevista sobre "quadrinhos de não-ficção: uma maneira de transmitir um conteúdo para o leitor".




Sei que essas fotos só tem interesse pros envolvidos mesmo, mas o blog é meu, eu tô feliz, e quero me exibir!

Eis fotos da entrevista, com imagens de livros do Kleist ao fundo.



Kleist havia preparado uma surpresa para o final. Ele quadrinizou a música "Hung my head", que foi interpretada por Cash no disco "American IV". Esses desenhos não estão no livro. Colocamos o som a tocar simultaneamente com as imagens, e essa se tornou a apoteose do evento.


No fim, sessão de autógrafos do livro, ou sessão de desenhos, como mostra a foto abaixo, onde Kleist pacientemente desenha Johnny Cash no livro de cada leitor...


O dia seguinte reservou uma oficina fechada para quadrinistas, onde Kleist explicou seu processo realizando projetos de não-ficção em quadrinhos, da pesquisa ao desenho final, passando pelo roteiro e pelos rascunhos. Foi algo de conteúdo MESMO! E colocado de maneira leve, por alguém que sabe lidar com as palavras. Os participantes elogiaram bastante.

Bem, no fim do dia, Kleist vôou de volta para a Alemanha e deixou aquele vazio no ar, aquele vazio que fica depois de cada transformação. Fica a certeza de que sua passagem por aqui não foi inócua, muito pelo contrário: ele foi embora, mas nos deixou muita coisa.

Tomara que ele venha gerar transformações aqui outras vezes!

***

Ps.: as fotos do evento em Porto Alegre são de Saul Lemos.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Uma festa psicológica

Reedição. Esse é um termo usado na psicologia para se referir àquelas circunstâncias em nossas vidas que estranhamente parecem se repetir, e se repetir, e se repetir, por mais que lutemos contra elas. Como "maldições de família". Como problemas sempre recorrentes em relacionamentos a dois (ou três, quatro, múltiplos de cinco...). Como se deparar frequentemente com a mesma situação nas relações profissionais. Como sorvete e gosto bastante.

(Eheheh).

Mas o termo também pode ser usado para coisas boas.

É, por exemplo, uma reedição isto aqui:

É reedição, porque na era preozóica do cabruuum, organizei em Santa Maria/RS uma festa de quadrinhos e rock'n'roll. Lembra? Não mesmo? Mas pensa bem...

Tanto lá quanto cá (me refiro ao Rio de Janeiro, para quem não cutucou sobre o cartaz para vê-lo ampliado), a parceria fundamental para a realização da festa é Renato Lima, quadrinista carioca. Aliás, cá ainda muito mais do que lá. Pois estou embarcando para o Rio apenas para curtir, todo o trabalho foi do Renato.

Vou aproveitar ainda minha curta estada no Rio para participar da 2ª Semana de Quadrinhos da Travessa.

E, na segunda-feira que vem, volto com tudo para esta preciosidade que estou organizando há meses em Porto Alegre, um evento que tem suas raízes nas minhas desventuras cuidando de crianças na terra das palavras impronunciáveis, a Alemanha. Só para marcar que há muito suor (mas sangue não, felizmente) por trás do evento:

Essa é outra coisa que vou torcer que seja atingida pelo fenômeno da reedição.

terça-feira, outubro 13, 2009

Hoje, na sua tevê!

A quem interessar possa, vou aparecer na tevê. Bem, isso não interessa à muita gente, a não ser pelo fato de ser num programa ao vivo, o que gera uma certa chance de eu cometer gafes ou pagar micos. Não é minha intenção ter esse desprazer/dar esse prazer ao público, mas, quem sabe, vai saber! Tudo pode acontecer!

Bueno, hoje, às 18h, vou estar no programa Radar, da TVE gaúcha. Vou falar sobre isto aqui:


Ah, o livro foi traduzido por mim, com muito orgulho!

domingo, outubro 11, 2009

O que se pode encontrar no Brasil

Para quem gosta de quadrinhos alemães e está interessado em ler uma entrevista... bem, no mínimo, inusitada... recomendo esta aqui, do portal Alemanja, com Ralf König.

Ele inclusive cita o Brasil, de um jeito que poucos esperariam...

Bueno, para entender todo esse mistério que faço, melhor ler!

Preciosidade

Felipe Muanis, pesquisador de Jornalismo em Quadrinhos, enviou o texto abaixo via grupo de discussão na internet. Gentilmente, Muanis permitiu que eu republicasse aqui no cabruuum. Trata-se de uma preciosidade. Lá vai!

***

"La bête est mort: la guerre mondiale chez les animaux" é um quadrinho de 1944-1945, sobre a 2ª Guerra Mundial. Assim como o "Maus", de Art Spiegelman, as nacionalidades são diferenciadas por tipos de animais: os alemães são lobos, os soviéticos são ursos polares, os americanos são bisões, os franceses são coelhos, os italianos hienas e os ingleses são cachorros - Churchill retratado como buldogue está perfeito!

As páginas, bem coloridas à guache e em formato de prancha, chegaram a ser publicadas no fim da guerra, ainda que em preto e branco, no jornal L'armée française au combat, para depois virarem livro. Composto de duas partes, "Quand la bête est dechainée" e a segunda "Quand la bête est terrassée", o quadrinho foi escrito por Victor Dancette e Jacques Zimmerman, e ilustrado por Calvo, bastante assemelhado ao Tex Avery e influenciado por Walt Disney. Depois de anos sem republicação - fora republicado apenas em 1977 pela Futuropolis -, a Gallimard o fez em 2007, juntando as duas partes da história em um bem editado álbum colorido e com lombada de pano.

Poderiam haver críticas de que a história com animais infantilizaria a força do relato jornalístico, levando-a para o campo da alegoria - e de fato o trabalho foi publicado com o amparo de uma lei francesa de incentivo à publicações para a juventude -, por outro lado um quadrinho de guerra feito entre 1944 e 1945, narrando os acontecimentos com a licença poética utilizada, retrata a percepção do momento. Nesse sentido talvez se justifique o fato dele não explorar, talvez até mesmo pelo público do quadrinho ou por não haver ainda uma percepção do que ocorria de fato, as atrocidades dos campos de concentração, tornados públicos mundialmente no início de 1945. E talvez seja essa, a maior crítica ao trabalho.

Após um distanciamento histórico, o quadrinho francês acaba criando um interessante diálogo com o "Maus" de Art Spiegelman que se complementam, não apenas pela representação utilizando animais, ainda que por caminhos diferentes, em uma referência de ambos à Disney. "Maus" parece um terceiro capítulo de "La bête est mort", centralizando justamente na questão do Holocausto que não tinha sido explorado no trabalho da década de 1940. "Maus" é uma espécie de Lado B, que contrasta em seu preto e branco devastador, adentrando nos Campos de Concentração e em seus dramas e que continuaram a acontecer com seus sobreviventes após a guerra.

Seja como um documento, ou em diálogo com "Maus", "La bête est mort" é um exemplo bastante interessante de um jornalismo em quadrinhos feito há quase setenta anos. É uma pena que seja pouco conhecido. Eu mesmo achei por acaso apenas um exemplar, chafurdando em uma das muitas livrarias parisienses, no ano passado. Mas para quem se interessar, ainda é possível encontrar o álbum na internet. A edição da Gallimard custa em torno de 25 Euros. As edições originais, tratadas já como raridades, chegam a 300 Euros.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Uma gaúcha que (se) saiu (bem) à francesa



Pode acreditar, o desenho aí em cima foi feito por uma artista daqui dos pampas: Ana Luiza Koehler, minha colega do curso de alemão, mas que ilustrou a HQ "Awrah" em francês. Como eu sou um analfabeto nesse idioma (e em muitos outros), só posso admirar os desenhos. Belíssimos aliás.

A breve animação acima foi feita a partir dos desenhos de Ana, para divulgar a obra.

Apesar do sucesso lá fora, Ana é pouco conhecida no mercado gaúcho. Inclusive, quem nos apresentou um para o outro foi o garimpador de talentos escondidos, Marko Ajdaric, do Neorama.

Eis a matéria que saiu na Zero Hora sobre a Ana e mais três outras quadrinistas gaúchas. A pauta foi indicada pelo Marko.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Novo livro de Joe Sacco

Por Vitor Mazon, do Universo HQ:

"Durante o Comica Festival, em Londres, Inglaterra, Joe Sacco deu detalhes sobre o seu mais recente trabalho. Principal nome do jornalismo em quadrinhos, ele também falou sobre sua vida e as HQs em geral." [leia mais]

terça-feira, outubro 06, 2009

Que cartaz (quer dizer, filipeta)! - parte 2





Mais uma aula de fazer cartaz, desta vez perpetrada por Renato Lima, da revista Jukebox. Aliás, nem é um cartaz, mas uma filipeta, frente e verso. Cutuque sobre as imagens para vê-las ampliadas.

Em breve trago detalhes exclusivos sobre o evento!

Que cartaz!


Esse cartaz lindo foi feito pela Adair Gass, do Goethe Institut Porto Alegre. É tão lindo, tão bem feito, que é impossível não querer ler ao lado para saber do que se trata.

Se você também sentir essa necessidade, cutuque com o mouse em cima para ver a imagem ampliada.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Ulisses em quadrinhos

Esta notícia me lembrou aquela famosa frase: "não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez."

Veja se não é pra pensar isso mesmo, cutucando aqui!

Quem me avisou foi o Léo Foletto, mestre em webjornalismo e gestor do BaixaCultura.