quarta-feira, dezembro 23, 2009

Quadrinhos políticos

"História em quadrinho sul-coreana alerta para ameaça do norte

por Christian Oliver, do Financial Times

Os serviços de segurança sul-coreanos apelaram para histórias em quadrinho e jogos de computador para alertar aos jovens 'mal informados' que a Coreia do Norte nuclearmente armada continua sendo uma ameaça." [leia mais]

terça-feira, dezembro 22, 2009

Mais com o Jackson



Fiquei sabendo dessa pérola no site Zine Brasil. Cutuque aqui para ir ao post original.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

"Um intercâmbio muito louco" ou "Santiago versus Reinhard Kleist" ou "Santiago & Reinhard Kleist"

O título deste post é confuso, porque nem eu mesmo sei o que quero relatar. Mas tenho a sensação de que é algo curioso, que merece sim ser relatado. Senão, você pode se ocupar com tantas outras coisas aí na internet, tem muita coisa MESMO. Mas, claro, você só vai saber se vale a pena a história deste post depois de ter lido...

Bom, vou começar do começo. Acho que o começo é este aqui. O link que acabei de colocar remete a um post relatando a passagem do quadrinista alemão Reinhard Kleist pelo Brasil. Kleist esteve por aqui a convite do Instituto Goethe para participar de um evento sobre quadrinhos de não-ficção (que terá continuidade em 2010, só pra avisar). Aproveitamos a ocasião para lançar em português "Johnny Cash - uma biografia". Como eu estava envolvido dos pés à cabeça no projeto (o livro inclusive foi traduzido por mim), acabei sendo o cicerone do alemão no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Até aí, tudo bem, já foi tudo contado no primeiro link neste post. A novidade veio por uma certa janta que fizemos num restaurante em Porto Alegre. A ideia era pôr o Kleist em contato com os quadrinistas gaúchos, para provocar intercâmbio e troca de ideias. Quem aliciou o povo foi o quadrinista Maumau, que já havia conhecido o Kleist no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e, portanto, sabia que essa mistura daria liga.

Ficamos todos lá, no restaurante, nos comunicando em inglês, enrolation e linguagem universal dos sinais. Kleist aprendeu como seriam os nomes em inglês de algumas cidades gaúchas ("Deep step", "Don't touch me", "Little guy"). Lá pelas tantas, chegou o Santiago.

O Santiago, todos sabem, é um ícone do quadrinho gaúcho e nacional, com boas andadas internacionais para ser conhecido também no exterior. Isso já sabia o Kleist, eu havia deixado-o previamente avisado. Santiago chegou tímido, sentou num canto da mesa. De vez em quando, pedia pra eu traduzir algo direto pro alemão para o Kleist. Lá pelas tantas, me entregou um papel enrolado e disse: "um presente pro alemão!"

Bem, eu entreguei, e o papel, ao ser desenrolado, mostrava este desenho, em tamanho aumentado, lógico:

O desenho retrata um bailão gaúcho. Você pode cutucar com o botão direito do mouse e abri-lo ampliado em uma outra janela.

Não há nada mais difícil de traduzir do que a linguagem regional, principalmente a extremamente regionalista, como é o caso do desenho do Santiago. Alguns neurônios meus se perderam no processo e, confesso, o significado das frases e da cultura retratada no desenho também. Sorte que os desenhos falam por si. O Kleist ficou contentíssimo com o presente e, a partir daí, não precisei traduzir mais nada: a comunicação entre eles passou a fluir na linguagem universal do humor.

No outro dia, após o evento no Instituto Goethe, Santiago entregou ao Kleist um recorte de jornal. Tratava-se de uma reportagem sobre o quadrinista norte-americano Oliver Harrington. Santiago soube que Harrington morou seus últimos anos de vida em Berlim, cidade onde fica o ateliê do Kleist, e quis compartilhar. Kleist não conhecia o quadrinista e voltou para casa interessado e com o recorte de jornal na mão.

Eu não sei por que conto essa história. Ela nem me parece ter um fim (o que, de certa forma, é até bom, não acha?). Acho que ainda mantenho um ar estupefato ao me dar conta que alguém lá do outro lado do mundo veio até a Porto Alegre em que nasci e moro falar sobre coisas que vão ficar. E que esse mesmo homem atravessou o oceano de volta para casa levando para lá coisas que, imagino, também reverberarão por lá, e que ele só poderia ter encontrado aqui.

Enfim, uma verdadeira troca!

quinta-feira, dezembro 17, 2009

(pro)Criar HQ

O Ricardo Tayra fez um post muito interessante no Sapos Voadores sobre como criar quadrinhos online. Tayra compilou alguns sites que permitem a brincadeira de criar HQs usando seus personagens favoritos.

sábado, dezembro 12, 2009

A/em respeito do/ao vale-cultura

Há alguns dias, iniciou-se um manifesto informal na internet, principalmente em plataformas como o Twitter. O alvo das mensagens é Gilberto Dimenstein, que, segundo os usuários, teria dito que "gibi não é cultura". Em função disso, muitas pessoas que reconhecem os quadrinhos como gênero adulto e como uma linguagem madura iniciaram uma espécie de corrente, com mensagens do tipo: "Sr. Dimenstein, 'Persépolis' não é cultura?" Foram citadas outras grandes obras no formato dos quadrinhos para questionar a suposta afirmação de Dimenstein.

Antes de opinar sobre o assunto, eu procurei ter acesso à fala original de Dimenstein, pois sempre há distorções. Demorei a encontrar, mas finalmente achei. O post que ele escreveu para a Folha Online é este aqui:

"Mulher pelada é cultura?

Comentei aqui por diversas vezes que considero o vale-cultura, capaz de envolver até R$ 7 bilhões, um previsível desperdício --o dinheiro seria mais bem usado se focado nos estudantes das escolas públicas. Desde ontem, meu receio aumentou ainda mais, pela possibilidade de que, com esse benefício, mulher pelada também seja cultura. Ou gibi.

Foi aprovada uma emenda no Congresso permitindo que o vale-cultura seja usado para comprar jornais, revistas e gibis. Senadores argumentaram que, com isso, revistas como a 'Playboy' seriam beneficiadas, mas a emenda foi aprovada assim mesmo.

Nada contra a 'Playboy', mas mulher pelada não é cultura --muito menos com dinheiro público."

O post pode ser lido no original neste link.

Pois bem. Literalmente, Dimenstein não disse que histórias em quadrinhos não são cultura. Embora isso possa ser lido nas entrelinhas, claro. Mas o que ele disse de fato é que revistas como "Playboy" não são cultura. E que "gibis" talvez também não fossem.

Entendo a reclamação apaixonada de todos aqueles que fazem ou lêem quadrinhos. É inclusive legítima. Não acho, porém, que a fala de Dimenstein deva ser questionada em função do que ele (supostamente) falou sobre quadrinhos. O ponto é justamente outro: a questão da regulação do uso do vale-cultura. E é sobre isso que deixo alguns pensamentos:

1) em primeiro lugar, dizer que tal coisa é ou não cultura é um pensamento elitista e, desse ponto de vista, dominador. O mesmo é válido para essa vontade de quererem que o governo estipule em que tipo de publicações ou espetáculos o vale poderia ser usado. Se eu fosse fazer uso do vale-cultura, não gostaria nem um pouco que outra pessoa escolhesse, em meu lugar, ao que eu devo ou não ter acesso. Ao que eu devo ou não devo gostar. Até porque, gosto é algo que muda com o tempo, e precisaria haver um mecanismo que acompanhasse essa mudança individual. É, portanto, algo impossível de se pôr em prática.

2) entender que "gibi" ou "revista de mulher pelada" não são um produto cultural legítimo é questionar toda a validade de uma cultura que é popular e expontânea. Pessoas cultas não podem ler gibis? Nunca leram? Nunca viram fotos de mulheres peladas? Tem também aquela história - que, apesar de positiva, também é uma visão erudita do fenômeno - de que muitas pessoas iniciam a leitura por meio do gibi e depois vão "qualificando" o seu gosto literário. Isso já é um argumento a favor da auto-regulação do vale-cultura. Mas sou mais do pensamento do antropólogo Felipe Lindoso, que prega que as bibliotecas devem ter best-sellers e todo tipo de livro que o leitor queira ler. Só assim se faz uma real disseminação e democratização do acesso aos bens culturais. Sem falar que a dita cultura erudita segue disponível mesmo para quem usufrui especialmente da cultura dita popular. Vai caber então ao usuário do vale-cultura decidir no que ele deve usar. E essa decisão pode ir mudando com o tempo, conforme os bens culturais que ele tiver acesso. Mas primeiro ele precisa ter acesso a esses bens...

3) na fala de Dimenstein, antes de qualquer preconceito em relação aos quadrinhos, identifiquei um preconceito em relação ao gosto popular. Uma primeira observação: a fala dele dá a entender que um dos maiores usos do vale-cultura seria para compra de revistas com mulheres peladas. Mas então as mulheres não teriam acesso ao vale-cultura? Outra observação: baseado em que se pode dizer que, se a população tivesse acesso ao vale-cultura, investiria primordialmente nesse tipo de publicação? Não vejo motivos concretos para isso. Não haverão famílias interessadas em ir no teatro, quem sabe pela primeira vez? Ou casais indo ao cinema? Ou amigos presenteando livros de algum tema que interesse ao outro? A ideia de que uma população pobre investiria primordialmente em gibis e revista de mulher pelada (ainda que não me soe um investimento ruim) é, no meu ver, preconceituosa e machista.

4) agora um pensamento voltado especificamente para essa opinião de Dimenstein sobre revistas de mulher pelada: sei que não são todas, mas muitas dessas publicações vem também com texto. E textos bons. E quadrinhos bons. Você pode dizer: o leitor comum só vai querer ver as fotos! E, no caso de alguns leitores, eu posso concordar com você. Só que não vou ver mal nenhum nisso. Os textos e as fotos, aliás, vão estar no mesmo lugar, disponíveis a outros leitores, e isso pode abrir portas para outros tipos de conhecimentos. De quem quiser ir atrás deles, claro.

5) para finalizar, a proposta do vale-cultura me parece um meio real de democratizar o acesso à cultura, principalmente por fazer com que a própria população de baixa renda perceba a importância da cultura em suas vidas, na medida em que vai ter um recurso especialmente voltado para isso. Querer regular ao que o vale dará acesso é ir contra o espírito do próprio vale-cultura. Salvo exceções de cunho meramente mercenário, claro, pois certamente haverá empresas que usarão o vale com intenções auto-beneficentes. Mas aí já seria outra discussão..

Quem quiser acrescentar ideias, opinar, discordar etc fique à vontade! Minha visão de mundo não é erudita o suficiente para impedir à sua!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

"O corvo", do Poe

Leia sobre a adaptação para quadrinhos de "O corvo", de Edgar Allan Poe, cutucando aqui. Você vai parar numa matéria da Revista Cult.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Ramones e Homem-Aranha



Para entender o contexto, cutuque aqui. Você vai parar no blog do Gabriel Rocha, o responsável por encontrar essa pérola.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

A Maga Patológica vai sentir inveja...

J. K. Rowling, autora da série Harry Potter, ganha uma biografia em quadrinhos. Cutuque aqui para ver.

domingo, dezembro 06, 2009

A arte do Art

O jornal Folha de São Paulo publicou uma entrevista muito interessante com o Art Spiegelman. Cutuque aqui!

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Neil Gaiman fazendo cartilha sobre HIV?

Sim, é verdade. Pois foi o que o Marcelo Engster contou no Quadrinhólatra.

Cobertura não-jornalística

O portal G1 anunciou esta página do Arnaldo Branco como uma "cobertura em quadrinhos do Faith no More no Rio". Na verdade, é uma crônica, comentário ou qualquer outra coisa. Mas conteúdo jornalístico não é.

Ultimamente tem havido um interesse maior por parte dos mais variados veículos em publicarem quadrinhos no formato de reportagens. Geralmente, usa-se esse recurso para reconstituição de acontecimentos (se bem que toda matéria, mesmo em prosa, é reconstituição de acontecimentos...). No meu ver, esse aumento de interesse é muito positivo, do ponto de vista que abre portas para quadrinistas-jornalistas pensarem em termos viáveis de publicação. O lado ruim é que surgem muitas "reportagens" sob encomenda, e isso vem sem haver uma discussão mais sólida sobre o que uma reportagem em quadrinhos diferencia-se de outros estilos de reportagens e, o mais importante, em que medida a linguagem dos quadrinhos pode contribuir ou não para o jornalismo.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Colcha de informações

É tanta notícia, que, para dar todas, só posso fazer assim, em retalhos:

- o quadrinista Leandro Dóro fez sua versão em quadrinhos para poesias do Augusto dos Anjos. Cutuque aqui para ver.

- "Loucas de Amor - Mulheres que Amam Serial-Killers e Criminosos Sexuais" é um projeto que eu ainda não tive acesso mas que, pelo que ouvi falar, tem um quê de jornalismo em quadrinhos. Cutuque aqui para ter informações mais precisas.

- A Penguin Books criou uma coleção especial de obras literárias, cujas capas são feitas por quadrinistas de peso. Veja!

- O Matheus Moura, que comanda o Toka di Rato, escreveu no blog sobre uma raridade que ele achou em meio a tantos livros durante o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. Veja aqui e acolá.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Outra de mestre!

Demora um pouco para entender, mas, depois que cai a ficha, até quem não é gaúcho deixa escapar um "bah... que sacada!"

Me refiro a esta charge do Rafael Corrêa. O título, fundamental para captar a mensagem, é "Otimismo".

Baita sacada!

Recomendo esta charge aqui!

"Mãos ao alto!"...

... disse o Twitter para mim.

De início resisti, mas depois entreguei todo meu dinheiro. Os documentos, claro, ficaram comigo.

Tudo uma metáfora para dizer que este blog tem twitter. Na verdade, já tem algum tempo, eu é que não estava usando muito.

Bem, se interessar receber por lá o aviso de que tem algo novo cá (meio sem sentido isso, não?), basta cutucar aqui!

Uma certa sexta-feira 13...

Que vergonha... Ontem acabou novembro, mês de aniversário do cabruuum, e foram apenas quatro postagens! Uma pena que tenho tido tão pouco tempo para postar.

Esse tempo longe da web/perto da vida foi muito frutífero, porém, e também teve tudo a ver com quadrinhos. Hoje conto então, com mais de duas semanas de atraso, como foram os ótimos dias que passei em Santa Maria-RS no meio de novembro. Foi em Santa Maria, aliás, que este blog nasceu e foi onde eu me graduei em jornalismo.

Na verdade, a viagem começou mesmo em Dilermando de Aguiar-RS. Estive na escola Valentim Bastianello, já conhecida do leitornauta. Cutuque aqui para lembrar. Estive lá para ministrar uma oficina sobre uso de quadrinhos em sala de aula para as duas turmas de quinta série. A professora que me convidou - responsável também pelo convite para as oficinas anteriores - chama-se Ana Cláudia Machado Paim. Professora de artes visuais, mestre em arte e educação pela UFSM e, o melhor de tudo, minha irmã!

Bem, melhor contar mostrando fotos dessa sexta-feira 13!

No início da oficina, eu mostrei aos alunos exemplos de dois tipos de quadrinhos: históricos ou adaptações literárias. A intenção era aumentar o interesse dos alunos por temas didáticos em função do apelo da linguagem dos quadrinhos. Nessa tarefa, fui ajudado - E MUITO! - pela Conrad/IBEP e pela Companhia das Letras. As duas editoras, de maneira muito gentil, doaram livros do seu acervo diretamente para a oficina em Dilermando de Aguiar. Após o trabalho em sala de aula, os livros foram para a biblioteca, onde ficam à disposição de professores e alunos.

Depois que falei dessas obras, dividi as turmas em grupos. Cada grupo escolheu um livro e fez um trabalho sobre ele. Nossa ideia era montar uma mini-feira do livro no pátio da escola, mas a chuva impediu. Os cartazes foram então expostos no saguão da escola.

Na foto acima, os meninos fazem um cartaz sobre o livro "Moby Dick", da IBEP.

Nesta última, o cartaz é sobre "Jubiabá", da Companhia das Letras. O livro é uma adaptação para quadrinhos do romance homônimo de Jorge Amado. O autor da adaptação chama-se Spacca. Cutuque aqui para ler mais sobre ele.

Outra obra-prima do Spacca, o quadrinho histórico "Debret - viagem histórica e quadrinhesca ao Brasil".

Outra do Spacca! "Santô" conta a história de Santos Dumont, o inventor da aviação. Detalhe importante: na semana anterior a essa oficina, assisti a uma palestra do Spacca em Porto Alegre-RS. Trata-se de alguém preocupado em fazer arte, não em publicar livros. As obras só surgem após uma rica pesquisa histórica, que é transformada em quadrinhos por alguém que tem domínio da linguagem. É um trabalho recomendável para o leitor adulto e para o leitor mirim.

O legal é que, em função dessa coincidência inesperada de o Spacca ter viajado a Porto Alegre dias antes de eu ter ido a Dilermando, pude levar os livros doados pela Companhia das Letras para que o autor autografasse. Dias depois, quando mostrei às crianças o desenho feito especificamente para a escola Valentim Bastianello, elas ficaram em polvorosa!




Acima, exemplos de alguns trabalhos, depois de prontos. O primeiro é sobre "D. João Carioca - a corte portuguesa chega ao Brasil", do Spacca. O segundo, sobre "Moby Dick". O terceiro, também da editora IBEP, é "A ilha do tesouro", adaptação da obra de Stevenson.

De Dilermando de Aguiar-RS, fui à Santa Maria-RS. As duas cidades ficam bem pertinhas uma da outra. Fui convidado pelo comunicador Márcio Grings para participar de um bate-papo ao vivo na Rádio Itapema FM. Foi muito legal. Grings é um dos maiores entusiastas do livro "Johnny Cash - uma biografia", a biografia em quadrinhos de Johnny Cash, feita pelo alemão Reinhard Kleist. O Grings gostou tanto do livro que fez questão de organizar um lançamento em Santa Maria.

Saindo da rádio, fui para a CESMA, onde houve o lançamento oficial. Nas fotos abaixo, estou no palco falando sobre o processo de tradução do livro. Quem guiou a conversa foi o Paulo Teixeira, sentado ao meu lado. O Paulo trabalha na Cesma, coorganizadora do evento.



Esse foi um momento mágico para mim. Por vários motivos. Durante a faculdade, eu frequentava a Cesma nas sessões do cineclube Lanterinha Aurélio, que tem sede lá. Essa minha assiduidade, somada à programação de primeira, teve uma parcela fundamental na minha formação cultural. Então eis que de repente (tá bom, não foi tão de repente assim, foram dois anos e meio depois da formatura) eu estou no palco do auditório falando sobre um livro que eu traduzi. Outro motivo que me emocionou é que na plateia estavam muitas pessoas queridas para mim, especiais na minha vida e na minha formação.

Enfim, mais não digo, para não parecer (mais) piegas. Fato é que foi muito legal essa função em Santa Maria!

Agradeço muito o empenho do Márcio Grings e do Paulo Teixeira que, sem ganhar nada em troca, arregaçaram as mangas para organizar esse lançamento tão legal em Santa Maria. Agradeço a Rádio Itapema FM e o jornal Diário de Santa Maria, pela divulgação e coorganização. O mesmo para a Cesma, que ainda por cima cedeu o espaço.

Voltando à oficina em Dilermando de Aguiar, preciso agradecer especialmente à Companhia das Letras e à Conrad/IBEP, que doaram livros fundamentais para o trabalho na escola dar certo. Procurei as duas editoras por saber que têm um acervo propício a essa ideia de quadrinhos como aliado na educação e também como meio artísitico maduro.

Cito algumas obras que foram doadas:

Conrad/IBEP
"Chibata"
"Fun Home"
"Epiléptico"
Coleção "Quadrinhos Nacional"

Companhia das Letras
"Persépolis"
"Maus"
Obras do Spacca

São só alguns exemplos, as editoras doaram mais livros. Alguns desses livros - os de leitura mais densa, inapropriados para crianças - eu mantive comigo. Pretendo usar em outras oficinas.

Agradeço a todos os envolvidos em todos esses projetos quadrinhescos. Espero que essa intensa sexta-feira 13 renda muitos frutos mais adiante!