segunda-feira, novembro 14, 2011

"Destroços", por Juscelino Neco

É com muito orgulho que publico no cabruuum a HQ Destroços, de Juscelino Neco. Um trabalho triplamente bem feito: no desenho, no enredo, na realização.


[Você pode folhear a HQ com o mouse. Cutuque sobre a imagem acima para ver em tamanho maior.]

O jornalista, quadrinista e pesquisador Juscelino Neco (transfigurado em imagem aí embaixo) gentilmente cedeu sua HQ para publicação no cabruuum. Agradeço publicamente!

quarta-feira, novembro 09, 2011

Por dentro da Maré

Acaba de ir ao ar, no site Cartoon Movement, a segunda e última parte da reportagem em quadrinhos que fiz com o desenhista MauMau nas favelas do Rio de Janeiro. Cutuque aqui ou sobre a imagem abaixo para lê-la (é em inglês).

Caso você não tenha visto a primeira parte, cutuque aqui.

domingo, novembro 06, 2011

Links de norte a sul

Eis 3 links que, juntos, contemplam uma parcela significativa da nossa brasilidade:

* "Por um lugar nas estantes aos quadrinhos potiguares" - matéria jornalística sobre a cena de quadrinhos do Rio Grande do Norte.

* "Grande sertão: quadrinhos" - uma crítica de Ciro I. Marcondes sobre o livro O olho do diabo, de Mozart Couto.

* Eis "Primeira Edição", um panfleto da Editora Secreta, de Pelotas, RS. Trata-se de uma nova casa para publicação de quadrinhos.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Por dentro das favelas

Entre o final de julho e início de agosto, estive no Rio de Janeiro fazendo uma reportagem em quadrinhos para o site Cartoon Movement. Me acompanhou o desenhista Maumau, daqui de Porto Alegre. Durante uma semana, nós visitamos várias favelas, pacificadas ou não, em diferentes regiões da cidade. O resultado é uma reportagem de 20 páginas, dividida em duas partes. A primeira acaba de ser publicada, em inglês.

Para continuar lendo, cutuque aqui ou sobre a imagem aí em cima.

É importante salientar que não se pode conhecer a realidade da favela em uma semana. Trata-se de um cenário complexo, difícil de abarcar rapidamente, a não ser que se apele para estereótipos e leituras superficiais. De tal forma que, para poder fazer esse trabalho, eu venho acompanhando a situação das periferias cariocas faz tempo. Em 2007, fiz na Maré a reportagem "Uma jornada especial". Há pouco mais de um ano, em abril de 2010, voltei lá para escrever a reportagem "Melô da diversidade". As duas foram em prosa. Agora, para fazer em quadrinhos, o raio de apuração aumentou para dar uma ideia da situação geral das periferias do Rio de Janeiro.

Tenho um carinho especial com a favela e com as pessoas que sempre me recebem muito bem quando vou lá. É a elas que dedico esta reportagem. Espero que ela sirva para mostrar mais de perto uma realidade que a maioria das pessoas só conhece pela tevê ou pelo cinema.

Quando sair a segunda parte, divulgarei aqui.

domingo, agosto 21, 2011

Podcast sobre Jornalismo em Quadrinhos

Participei de um podcast sobre Jornalismo em Quadrinhos no site Nonada. A gravação durou em torno de 24 minutos. Falei sobre a divulgação desse campo de estudos e sobre o meu processo atuando como HQ-Repórter. Ficou muito bacana. Segue abaixo para quem quiser ouvir.

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sábado, julho 23, 2011

Notícia bacana: quadrinhos na Academia Brasileira de Letras

Clique em EXIBIR IMAGENS para ver o e-mail.
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Huxley versus Orwell

Recebi por email uma interessante comparação entre as ideologias dos escritores Aldous Huxley e George Orwell. Segue abaixo. Para saber onde encontrei essa HQ, cutuque aqui. Quem quiser pode ler o original em inglês aqui.

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terça-feira, julho 19, 2011

Joe Sacco por Daniel Gnattali

O quadrinista Daniel Gnattali esteve recentemente na FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty e decidiu contar em quadrinhos o que viu por lá. Segue abaixo seu longo relato. Destaque especial para a palestra do HQ-repórter Joe Sacco.

[Clique sobre a imagem para ver em tela cheia.]

quarta-feira, julho 13, 2011

Curso de Extensão em Reportagem em Quadrinhos: NOVAS DATAS

Curso de Extensão:

Reportagem em Quadrinhos

Desenho de Maumau

***

O quê: curso de reportagens em quadrinhos

Com quem: Augusto Paim, jornalista cultural e escritor

Quando: sextas-feiras, das 14h às 18h, de 12 de agosto a 2 de setembro de 2011

Onde: PUC RS

Inscrições: até 8 de agosto

***

Quer aprender a trabalhar com um novo gênero do jornalismo que é uma tendência seguida por jornais como a Folha de São Paulo e o argentino La Nacion? A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) oferecerá em Porto Alegre um Curso de Extensão inédito sobre reportagens em quadrinhos. Serão 20 horas-aula, divididos em quatro encontros, sempre às sextas-feiras, a partir do dia 12 de agosto de 2011. A proposta é unir teoria e prática: os alunos não só serão estimulados a refletir sobre o uso da linguagem dos quadrinhos no jornalismo, como também participarão de uma sala de redação visando à produção de reportagens nesse formato.

O curso é aberto para estudantes da PUC e para o público em geral. Não é exigido ter conhecimentos de quadrinhos. Também NÃO é necessário saber desenhar: para fins didáticos, serão usadas fotografias. No curso, o aluno aprenderá ainda sobre a escrita de roteiros e o uso de técnicas narrativas, que podem ser aplicadas em qualquer linguagem – especialmente no cinema, que têm muitos pontos em comum com os quadrinhos, haja vista que todo filme começa com um roteiro e um storyboard.

O Jornalismo em Quadrinhos surgiu na década de 1990, com os livros-reportagens sobre conflitos bélicos do jornalista maltês Joe Sacco. Já no século 19, no entanto, havia experiências nesse formato. Agora surge uma nova geração internacional de HQ-repórteres e de veículos especializados, como http://www.cartoonmovement.com/ e o http://www.newsmanga.com/, este último uma experiência pioneira com mangás jornalísticos diários. Veículos tradicionais também têm publicado reportagens em quadrinhos, haja vista que essa pode ser uma saída para impedir o fim do jornalismo impresso, ao atrair novos leitores de jornais. O gênero também tem sido trabalhado em biografias e outras formas de não-ficção em quadrinhos.

Para saber mais sobre o Jornalismo em Quadrinhos, a sua história e a nova safra de HQ-repórteres, leia esta reportagem publicada na edição de março da Revista da Cultura.


***

Objetivos do curso: incentivar a reflexão sobre o gênero Jornalismo em Quadrinhos a partir da experiência prática; estimular a produção de reportagens em quadrinhos por meio de orientação especializada; qualificar a produção e a reflexão teórica sobre Jornalismo em Quadrinhos através da introdução e aprofundamento do tema no ambiente da Graduação.

Ementa: a linguagem dos quadrinhos aplicada ao jornalismo; a pauta, a apuração e a edição no Jornalismo em Quadrinhos.

Pré-requisitos: nenhum. Apenas são recomendáveis conhecimentos prévios sobre jornalismo em geral.

Programa

Aula 1 - Palestra "Elementos da Narrativa em Quadrinhos" + reunião de pauta

Aula 2 - Apresentação das apurações + decupagem dos temas

Aula 3 - Roteiro + Edição

Aula 4 - Apresentação das reportagens + Avaliação

Ministrante do curso: Augusto Paim é jornalista cultural, escritor e tradutor. Atualmente, cursa o Mestrado em Teoria da Literatura na PUC RS e trabalha como jornalista cultural freelance. Já publicou reportagens nas revistas Continuum, Norte, Aplauso e Revista da Cultura. Em 2009, traduziu para o português o livro Johnny Cash - uma biografia, premiada obra do quadrinista alemão Reinhard Kleist. Em 2010, foi curador e organizador do I Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos. No mesmo ano, fez uma reportagem em quadrinhos sobre o Esporte Clube Juventude, com a quadrinista Ana Luiza Koehler. Agora trabalha em uma reportagem em quadrinhos sobre o Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, para o site Cartoon Movement. Desde 2007, ministra palestras sobre quadrinhos em escolas e universidades. Mantém os blogs http://www.cabruuum.blogspot.com/, sobre HQ, e http://www.augustfest.blogspot.com/, sobre jornalismo e literatura.

Resumo das informações

Carga horária: 20 horas-aula.

Período: De 12 de agosto a 2 de setembro de 2011.

Dia e horário: sextas-feiras, das 14h às 18h.

Datas: 12, 19 e 26 de agosto e 2 de setembro de 2011.

Local: PUC de Porto Alegre

Vagas: 15 a 20.

Investimento: R$ 324 para alunos, diplomados, professores e funcionários da PUCRS; R$ 360 para o público em geral.

Inscrições: até 8 de agosto de 2011.

Onde se inscrever: Av. Ipiranga, 6681, Prédio 15, sala 112, telefone (51) 3320 3727.

Outras informações: com o ministrante Augusto Paim (augusto.paim [@] gmail.com) ou com o coordenador Luciano Klöckner, no telefone (51) 3320 3727, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h15min, ou no site.

terça-feira, julho 05, 2011

Entrevistas com Joe Sacco

O HQ-repórter mais conhecido da paróquia está neste momento no Brasil. Joe Sacco veio até aqui para participar da FLIP, a Festa Literária Internacional de Paraty. Em função disso, tem concedido uma porção de entrevistas. Linco aqui as principais:

- Universo HQ
- Época
- Folha de S. Paulo
- G1
- Omelete

Sobre essas entrevistas (e o fenômeno dos seus aparecimentos), cabem duas observações:

1) creio que a vinda de Joe Sacco ao Brasil dará um impulso a curto, médio e longo prazo no desenvolvimento do Jornalismo em Quadrinhos brasileiro, tanto como campo de estudos quanto prática. É como se a pesquisa e a produção por aqui fosse alçada a outros patamares, muito em função da própria divulgação do gênero. Afinal, para se falar da presença de Joe Sacco no Brasil e explicar a sua envergadura no meio dos quadrinhos, faz-se necessário falar também sobre o que é o Jornalismo em Quadrinhos. Todo mundo que já trabalha com isso sai ganhando.

2) essas entrevistas devem se transformar rapidamente em corpus acadêmico, vindo a aparecer em breve em inúmeras citações em monografias, dissertações e, por que não?, teses. É que até hoje Joe Sacco pouco ou nada tinha falado sobre seu processo de trabalho ou sobre o que ele pensa sobre o Jornalismo em Quadrinhos. Isso mesmo. Ele, que é considerado por muitos o inventor do gênero, não havia falado ainda publicamente sobre isso (pelo menos não que eu saiba). Tanto que nos trabalhos acadêmicos sua obra é citada e estudada, mas ele não costuma ser fonte teórica. Por isso, essas entrevistas devem preencher uma lacuna.

***

PS.: a Folha de S. Paulo fez uma sabatina pós-FLIP com Joe Sacco. Aqui. É muito interessante, pois ali ele relata seus procedimentos jornalísticos para apurar e fazer reportagens em quadrinhos.

PS2.: outra entrevista muito boa, agora do Guia do Estudante. Aqui.

segunda-feira, maio 30, 2011

Frajola e Bob Esponja entram para a história da arte

Alguns blogs têm divulgado na internet uma invasão de personagens de desenhos animados a quadro famosos da história da arte. Três exemplos abaixo.


Cutucando aqui você pode ver muitos outros exemplos.

Infelizmente, ainda estou tentando descobrir a autoria dessas imagens. Assim que souber, publico aqui.

domingo, maio 08, 2011

Com quantos "us" se faz um blog de quadrinhos

Meu amigo e colega jornalista Anderson Ribeiro, proprietário do ArTorpedo (que surgiu junto com o cabruuum como atividade final do Laboratório de Jornalismo Cultural do programa Rumos Itaú Cultural, no já longínquo 2005), decidiu me fazer uma surpresa neste final de semana: escreveu o texto abaixo, homenageando este que vos escreve e também o que e onde escreve este que vos escreve.

Não é meu aniversário nem nada, nem foi homenagem de Dia das Mães (o cabruuum não tem mãe, só pai, que sou eu - até porque, se tivesse mãe, só um exame de DNA comprovaria a paternidade).

Homenagens gratuitas são ainda mais gostosas, por isso compartilho aqui.

***

Com quantos ‘us’ se faz um blog de quadrinhos?

Bem, depende do tamanho da empolgação e se tem predicado e lastro para poder mantê-lo. Em princípio achei que os assuntos acabariam no já rotulado mundo dos super-heróis – nada contra, eu adoro – depois de passar por coisas tipo Turma da Mônica e personagens Disney. Quem poderia imaginar que rendesse tanto? Quem, me respondam com sinceridade, acharia que teria fôlego para aguentar os quase seis anos? E o melhor, além de trazer novidades do mundo quadrinista, com publicações nacionais e estrangeiras desconhecidas do público, apresenta propostas, teses, levantes, bandeiras de que as HQs podem sim ser notícia, não como produto lançado, mas como estilo jornalístico.

Nesse caso, a empolgação veio com três ‘us’, mas poderia ser muito mais. Aliás, nunca lembro disso, contei os ‘us’ para poder escrever. Sempre coloco mais, pois fico imensamente empolgado a cada leitura, mesmo que às vezes não entenda muita coisa, por ser tão específica. Coloco cinco, seis e ainda multiplico os ‘emes’. É como o uhuuuuuuu quando digitamos nas redes sociais pra mostrar ao outro que curtimos muito.

Então, é preciso ter cartas na manga, afinidade, desejo, vontade, conhecimento e perseverança para poder resistir, crescer e provar pra todo mundo com quantos ‘us’ se faz um blog de quadrinhos.

sábado, abril 16, 2011

Jornalismo em Quadrinhos nipo-uberabense

Navegando pela internet, dei de cara com isto:


Segundo a descrição das próprias autoras, trata-se de um "livro-reportagem em forma de Mangá, feito pelas alunas Danielle Maia, Eliane Moratelli e Rita de Cassia, como exigência para a conclusão do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, da Universidade de Uberaba, MG."

Ou seja: Jornalismo em Quadrinhos sobre a sociedade nipônica de Uberaba. Ou seja - parte 2: estão surgindo novas HQ-repórteres brasileiras. Ou melhor, mangá-repórteres.

Quem quiser saber detalhes sobre os bastidores desse trabalho, veja no paper abaixo:

quinta-feira, abril 07, 2011

Outra reportagem em quadrinhos brasileira

Trata-se realmente de um fenômeno. Os jornais ou portais de notícia estão produzindo cada vez mais reportagens (ou notícias simples) em quadrinhos. Já não há medo de arriscar.

Eis um caso recente. Cutuque aqui.

sábado, março 26, 2011

Versão cult da Liga da Justiça da Bahia

Outro dia divulguei aqui o clipe da versão axé da Liga da Justiça. Essa música foi o grande hit desse verão na Bahia, até jogadores de futebol do porte do Neymar já comemoraram gols fazendo a dancinha do clipe.

Pois eis que o colega Leandro Dóro me avisa que foi feita uma versão cult dessa mesma letra. Agora, porém, só voz e violão.

Olha aí embaixo!

terça-feira, março 22, 2011

PRESS RELEASE

Curso de Extensão:

Reportagem em Quadrinhos

Desenho de Maumau

***

O quê: curso de reportagens em quadrinhos

Com quem: Augusto Paim, jornalista cultural e escritor

Quando: quintas-feiras, das 14h às 18h, de 5 a 26 de maio

Onde: PUC RS

Inscrições: até 29 de abril

***

Quer aprender a trabalhar com um novo gênero do jornalismo que é uma tendência seguida por jornais como a Folha de São Paulo e o argentino La Nacion? A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) oferecerá em Porto Alegre um Curso de Extensão inédito sobre reportagens em quadrinhos. Serão 20 horas-aula, divididos em quatro encontros, sempre às quintas-feiras, a partir do dia 5 de maio. A proposta é unir teoria e prática: os alunos não só serão estimulados a refletir sobre o uso da linguagem dos quadrinhos no jornalismo, como também participarão de uma sala de redação visando à produção de reportagens nesse formato.

O curso é aberto para estudantes da PUC e para o público em geral. Não é exigido ter conhecimentos de quadrinhos. Também NÃO é necessário saber desenhar: para fins didáticos, serão usadas fotografias. No curso, o aluno aprenderá ainda sobre a escrita de roteiros e o uso de técnicas narrativas, que podem ser aplicadas em qualquer linguagem – especialmente no cinema, que têm muitos pontos em comum com os quadrinhos, haja vista que todo filme começa com um roteiro e um storyboard.

O Jornalismo em Quadrinhos surgiu na década de 1990, com os livros-reportagens sobre conflitos bélicos do jornalista maltês Joe Sacco. Já no século 19, no entanto, havia experiências nesse formato. Agora surge uma nova geração internacional de HQ-repórteres e de veículos especializados, como http://www.cartoonmovement.com/ e o http://www.newsmanga.com/, este último uma experiência pioneira com mangás jornalísticos diários. Veículos tradicionais também têm publicado reportagens em quadrinhos, haja vista que essa pode ser uma saída para impedir o fim do jornalismo impresso, ao atrair novos leitores de jornais. O gênero também tem sido trabalhado em biografias e outras formas de não-ficção em quadrinhos.

Para saber mais sobre o Jornalismo em Quadrinhos, a sua história e a nova safra de HQ-repórteres, leia esta reportagem publicada na edição de março da Revista da Cultura.


***

Objetivos do curso: incentivar a reflexão sobre o gênero Jornalismo em Quadrinhos a partir da experiência prática; estimular a produção de reportagens em quadrinhos por meio de orientação especializada; qualificar a produção e a reflexão teórica sobre Jornalismo em Quadrinhos através da introdução e aprofundamento do tema no ambiente da Graduação.

Ementa: a linguagem dos quadrinhos aplicada ao jornalismo; a pauta, a apuração e a edição no Jornalismo em Quadrinhos.

Pré-requisitos: nenhum. Apenas são recomendáveis conhecimentos prévios sobre jornalismo em geral.

Programa

Aula 1 - Palestra "Elementos da Narrativa em Quadrinhos" + reunião de pauta

Aula 2 - Apresentação das apurações + decupagem dos temas

Aula 3 - Roteiro + Edição

Aula 4 - Apresentação das reportagens + Avaliação

Ministrante do curso: Augusto Paim é jornalista cultural, escritor e tradutor. Atualmente, cursa o Mestrado em Teoria da Literatura na PUC RS e trabalha como jornalista cultural freelance. Já publicou reportagens nas revistas Continuum, Norte, Aplauso e Revista da Cultura. Em 2009, traduziu para o português o livro Johnny Cash - uma biografia, premiada obra do quadrinista alemão Reinhard Kleist. Em 2010, foi curador e organizador do I Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos. No mesmo ano, fez uma reportagem em quadrinhos sobre o Esporte Clube Juventude, com a quadrinista Ana Luiza Koehler. Agora trabalha em uma reportagem em quadrinhos sobre o Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, para o site Cartoon Movement. Desde 2007, ministra palestras sobre quadrinhos em escolas e universidades. Mantém os blogs http://www.cabruuum.blogspot.com/, sobre HQ, e http://www.augustfest.blogspot.com/, sobre jornalismo e literatura.

Resumo das informações

Carga horária: 20 horas-aula.

Período: De 05 a 26 de maio.

Dia e horário: quintas-feiras, das 14h às 18h.

Datas: 5, 12, 19 e 26 de maio de 2011.

Local: PUC de Porto Alegre

Vagas: 15 a 20.

Investimento: R$ 572,23, para o público em geral; R$ 515,00, para alunos, diplomados, professores e funcionários da PUCRS.

Inscrições: até 29 de abril.

Onde se inscrever: Av. Ipiranga, 6681, Prédio 15, sala 112, telefone (51) 3320 3727.

Outras informações: com o ministrante Augusto Paim (augusto.paim [@] gmail.com) ou com o coordenador Luciano Klöckner, no telefone (51) 3320 3727, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h15min.

segunda-feira, março 21, 2011

Teaser


Desde 2008, o jornalista de aventuras Airton Ortiz e eu desenvolvemos um projeto sobre o qual pouco tenho falado. Trata-se da adaptação de seus livros para uma narrativa em quadrinhos voltada para crianças. Escrevi dois roteiros para esses livros quando estava na Alemanha. Esses roteiros ficaram trancados em uma gaveta virtual, até que no ano passado o desenhista Bruno Ortiz veio se juntar a nós (ele não é parente do Airton, apesar da coincidência dos sobrenomes). Eis que a coisa começa a tomar forma.

Em breve, devo trazer detalhes desse projeto. Por ora, ficam as imagens acima e, abaixo, a primeira versão do Bruno para uma página do meu roteiro, que mostra as aventuras do Ortizinho na Amazônia.

terça-feira, março 15, 2011

Postagem para maiores de 18 anos

Depois de um mês inteiro postando textos sisudos neste blog, venho até aqui para deixar um comentário malicioso: se os fãs nerds de quadrinhos fizessem sexo, talvez fossem para um lugar assim.

segunda-feira, março 14, 2011

Divulgando

II JORNADA DE ESTUDOS SOBRE ROMANCES GRÁFICOS

Data: 29 e 30 de junho de 2011.

Local: Universidade de Brasília – UnB

Em setembro de 2010, o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea realizou a I Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos na Universidade de Brasília. A proposta era discutir algumas obras de grande repercussão no meio cultural e editorial, utilizando-se de elementos da crítica literária contemporânea, com o objetivo de abrir um debate que nos permitisse uma melhor compreensão de seu alcance no campo literário.

Dando prosseguimento e ampliando as discussões, será realizada, nos dias 29 e 30 de junho, na UnB, a II Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos. O evento consistirá de uma rodada de palestras com convidados e da apresentação oral de trabalhos sobre o tema. O público alvo é composto de pesquisadores(as), estudantes, profissionais da área e interessados(as) em geral, que poderão participar com a apresentação de trabalhos ou como ouvintes.

Para informações sobre inscrição e outros detalhes, cutuque aqui.

terça-feira, março 08, 2011

Os filhos de Joe Sacco

Escrevi, para a Revista da Cultura, uma reportagem sobre o crescimento internacional do Jornalismo em Quadrinhos. O material foi publicado na edição de março. Começa assim:



Para continuar lendo, cutuque aqui.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Novas narrativas_upgrade 2

Um dos melhores retornos que se pode ter com uma reportagem (cujo trabalho é sempre um processo solitário) é receber depoimentos de leitores que acrescentam informações, enriquecendo o saber sobre o tema. Minha última reportagem teve essa honra. Destaco aqui dois comentários que são uma espécie de upgrade ao tema da pauta.

Ludmila:


"Olá, tudo bem?

Li essa matéria sobre o Hipertexto hoje, confesso que tal assunto me fascina muito. Gostei de saber que no Brasil também tem dado seus passos nesse tipo de literatura.

Senti falta, no entanto, de nomes pioneiros nessa área, como Raymond Queneau, criador do OuLiPo e autor de Cent Mille Milliards de Poèmes [o livro não foi esquecido, apenas foi citado em outro post no Cultura News, mais exatamente neste aqui], ou de Georges Perec, também membro desse grupo, e autor de A vida modo de usar, publicado em 1978, que assim como Afternoon traz histórias que se entrecruzam e se remetem. Esses são só alguns exemplos de uma literatura hipertextual que já existia antes de 1987. Inclusive, os livros de Calvino que você menciona fazem parte da fase oulipien do escritor, juntamente com As Cidades invisíveis.

Extremely lound and Incredubly close
do Foer, já foi traduzida, sim, para o português, o que ainda não foi e acredito que nem será é seu novo livro, o delírio de qualquer apaixonado por essa literatura, Tree of Codes que é inspirado em Rua dos Crocodilos de Bruno Schulz e tem um formato ousado mas ainda similiar ao livreto de poemas do Queneau.

Acho esse assunto extremamente apaixonante, curioso e é muito bacana poder dialogar com alguém que também nutra esse tipo de interesse.

Abraços e parabéns pela matéria."

Paula Mastroberti
:

"Olá, Paim. Li sua matéria na Revista. É um assunto que não só me fascina, como faz parte de minha pesquisa de doutorado. Além disso, também sou uma escritora que trabalha narrativas híbridas há algum tempo. Apenas trabalho para uma área na qual esse jogo é considerado natural: a literatura juvenil. Sobre isso, eu gostaria de acrescentar às suas suposições que, além da influência recente dos suportes plurimidiáticos na literatura contemporânea, é preciso ressaltar a influencia do livro infantil e juvenil na formação de gerações de escritores (eu inclusive) desde a invenção do livro-brinquedo e dos chapbooks na Inglaterra vitoriana. Não tenho dúvida de que o germe de uma literatura que integra design, efeitos gráficos e imagens, mesmo antes dos quadrinhos está no histórico da produção editorial dirigida à infância (estágio pelo qual todos passamos). Comprovadamente, o livro infantil não só soube explorar, muito antes do adulto, os recursos tecnológicos de impressão desde o século XIX, mas foi também o catalisador principal do desenvolvimento do design de livros e sua exploração estética. Abraço."

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Novas narrativas_upgrade

O texto abaixo, escrito por mim, foi postado no portal CulturaNews como um complemento à reportagem sobre novas narrativas.

***

Na reportagem de capa da edição de fevereiro, você viu que as inovações propostas pelas novas tecnologias ou mesmo pela literatura eletrônica têm seus precursores no papel. Um bom exemplo disso é a obra "Cent Mille Milliards de Poèmes", do francês Raymond Queneau. Trata-se de um livro com dez sonetos, todos eles com o mesma métrica e o mesmo sistema de rimas. Até aí, nada demais. A diferença é que Queneau construiu cada verso de tal forma que todos eles podem ser trocados de lugares. Ou seja, cada leitor monta seu próprio poema em cada ato de leitura.

O funcionamento da obra pode ser visto na prática nesta versão interativa, publicada no site da Universidade Mannheim. Para cada verso, há dez opções, que você mesmo pode escolher. Caso você queira que o poema seja obra do acaso, vale consultar esta outra versão. Você passa o mouse por cima dos versos, e eles começam a se alternar como se fossem uma roleta. Tirando o mouse, a roleta cessa de girar. Nasce um novo poema.

Todos esses exemplos, no entanto, são apenas versões para internet de uma obra que já atravessou quase cinco décadas. Publicado em 1961, o livro de Queneau tem, originalmente, esta aparência.


sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Deu a louca no livro impresso


A matéria de capa da edição de fevereiro da Revista da Cultura é sobre narrativas diferenciadas feitas no suporte tradicional, o livro impresso. Por que estou divulgando neste espaço? Bem, não é só porque a reportagem foi escrita por mim. É que alguns livros citados são de quadrinhos ou usam os quadrinhos na mistura de linguagens.

Confira cutucando aqui.

[O desenho acima é de Marcelo Cipis.]

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Documentários sobre quadrinistas

Pedro de Luna, autor do blogue de quadrinhos do Jornal do Brasil, prestou um ótimo serviço à memória dos quadrinhos e da produção audiovisual brasileira ao divulgar este trabalho (vídeo em inglês, sem legendas):



Detalhes você encontra em duas postagens do mencionado blogue: esta aqui e esta outra.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Operação Ajax

Outro dia, no twitter, descobri uma tal de "Operação Ajax". No profile, ela é descrita como "uma graphic novel interativa que conta a história verídica do envolvimento da CIA no Oriente Médio e as raízes do conflito entre EUA e Irã." Ela é interativa porque promete ser uma experiência diferenciada para iPad.

Veja abaixo o vídeo que está no site. E, claro, veja também o site. Cutuque aqui.

Operation Ajax from Operation Ajax on Vimeo.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Diário de bordo, parte 3: o roteiro

Faz muito tempo que publiquei aqui as partes 1 e 2 do diário de bordo. Não sabe do que estou falando? Pois deixe-me avivar sua memória.

No ano passado, fiz uma reportagem em quadrinhos para o Itaú Cultural sobre o Esporte Clube Juventude. Essa reportagem está disponível aqui. Como o Jornalismo em Quadrinhos é algo novo, cujos mecanismos e práticas ainda são desconhecidos, decidi relatar aqui um pouco do meu processo fazendo essa reportagem. Na primeira parte, falei sobre a pauta. Na segunda, falei sobre apuração. Agora vou falar sobre:

O roteiro

Ou talvez fosse melhor falar em pré-roteiro. Na verdade, refiro-me a isto aqui:



Essa é uma primeira decupagem da apuração. Pois quando a desenhista Ana Luiza Koehler me encontrou em Caxias do Sul, onde eu estava apurando para a reportagem, a primeira coisa que fizemos foi montar uma distribuição dos temas apurados nas páginas disponíveis.

Esse foi um processo muito gostoso, de mérito da dupla. Para começar, eu contei para a Ana tudo que eu aprendera sobre o Juventude naquela semana. Eu já tinha minhas ideias também sobre algumas "tomadas" a inserir na reportagem - e uso a linguagem do cinema porque os quadrinhos têm ligação forte com essa arte. A Ana esboçou visualmente tudo isso que vínhamos falando. Juntos, fomos montando o quebra-cabeça, distribuindo os assuntos de forma equilibrada.

Esse pré-roteiro foi fundamental para todo o resto da reportagem. Afinal, havia muitos assuntos que eu queria abordar, e sem uma limitação de um assunto por página, ficaria difícil não se perder. Digamos que isso foi também uma pré-edição.

Assim, decidimos que a primeira página seria uma introdução ao tema, de modo a deixar claro que se tratava de uma reportagem em quadrinhos, e não uma história em quadrinhos ficcional. Seria um lide quadrinizado, dizendo de outro modo. Já a segunda página, seria reservada para contar a história do clube. Na terceira, o relato dos tempos áureos. Na quarta, o relato da derrocada, com suas explicações. Na quinta, uma espécie de enquete sobre o que funcionários, torcedores e jogadores estão esperando do clube na próxima temporada. E na sexta e última página, uma finalização da reportagem que mostra ainda grandes astros do futebol brasileiro que passaram pelo clube.

Com essa marcação, ficou fácil para mim, na hora de escrever o roteiro, descobrir quais eram as informações principais sobre cada tema, de modo a contar apenas o essencial - pois de outro modo não caberia na página. Sabendo qual assunto viria na página seguinte, também ficou mais fácil encontrar o gancho entre as páginas (porque é necessário contar uma história em sequência, e não juntar páginas sem ligação umas com as outras).

Algumas questões visuais já estavam presentes nesse esboço, como a ideia de abrir a reportagem com uma vista aérea do estádio Alfredo Jaconi, como se fosse uma câmera presa a um helicóptero que se aproximasse gradativamente do campo até focar em garotos jogando bafo na arquibancada. Também decidimos aí que, em algumas passagens da HQ, usaríamos fotos de arquivo para alguns quadros, em vez de desenhos. Eram casos bem específicos, como este: tínhamos uma foto do time do Juventude na década de 1920, e uma foto antiga e histórica como essa é com certeza muito mais interessante que qualquer desenho. Sem falar que reforça a pesquisa do trabalho.

Esse foi o momento também de tomarmos outras decisões técnicas. Concluímos que o repórter deveria aparecer na HQ. Não exatamente eu, claro; o que decidimos é que seria necessário marcar a presença de um repórter, de modo a reforçar o fato de se tratar de JORNALISMO em quadrinhos. Porque, para quem nunca ouviu falar no termo, poderia parecer uma história ficcional. Assim, achamos importante mostrar (mesmo que discretamente) o repórter em ação, enfatizando o processo de entrevista.

Também aí começamos a pensar a forma de creditar os personagens (que, no fim, acabou sendo o balão de legenda com uma seta apontando para o entrevistado, estilo Angeli, porém sem viés cômico). Isso pode parecer uma decisão menor, mas qualquer pessoa que se aventure a fazer reportagem em quadrinhos verá que esse tipo de decisão é sempre difícil, em se tratando de um gênero cujas regras ainda não estão definidas. Imagine como seria se toda vez que você fosse fazer uma reportagem impressa ou para televisão você tivesse que pensar: onde será que eu coloco os créditos do entrevistado? Em que posição na tela/no texto?

Como última decisão, previmos já nesse pré-roteiro o estilo de desenho: o mais realista possível, baseado no objeto real. Como a Ana é formada em Arquitetura, isso foi até natural para ela.

Terminada a apuração, voltamos a Porto Alegre e eu comecei a trabalhar no roteiro. Fiz uma primeira versão, que a Ana transformou no storyboard abaixo:

O storyboard da Ana têm modificações em relação ao roteiro. E isso foi muito bom. O layout que ela sugeriu para a segunda e a sexta página, por exemplo, ficou muito melhor do que os que eu havia apontado no roteiro. Como todo bom trabalho em dupla, desenhista e roteirista influenciaram o trabalho um do outro, melhorando o produto final. E isso ficou mais claro na sexta página: porque, quando escrevi o roteiro, eu decidi mudar um pouco a ideia do final que havíamos previsto na decupagem. A Ana, por sua vez, percebeu que esse novo final ficaria muito mais amarrado se retomássemos a imagem da primeira página, dessa vez aproximando ainda mais do álbum de figurinhas (onde aparecem imagens de jogadores famosos no futebol brasileiro que passaram pelo Juventude). Explicando melhor: na primeira página, marcávamos o fato de um menino ter perdido no bafo, o que vai ao encontro do texto, que fala dos tempos áureos do Juventude, para depois comentar que o time começou a derrocada - no caso, quando o texto fala a primeira vez em derrocada, aparece a imagem do menino perdendo (texto e imagem estão, nesse momento, perfeitamente integrados). Então a Ana se deu conta que, para a última página, o foco deveria ser o menino que ganhou. E com isso a reportagem ganhou uma amarração que antes não havia.

Esse é apenas um exemplo, para mostrar essa integração entre roteiro e desenho, que buscamos para a reportagem sobre o Juventude. Houveram outros, claro, mas esse é o mais relevante e exemplar.

Depois disso tudo, veio o processo de edição. Que merece um post a parte.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

2 dicas preciosas

Tuitando pela vida afora, descobri esses dias o Law and the Multiverse. O blog, naturalmente escrito em inglês, é recheado de investigações nerds sobre o mundo dos super-heróis, expondo questões como aquelas que aparecem no seriado The big bang theory. Questões como esta (que está no about do blog): o que acontece legalmente quando um personagem volta da morte? Pelo teor dessa pergunta, você vê que o foco do blog são questões legais envolvendo os enredos dos quadrinhos.

Outro link achado em algum lugar que não lembro é esta HQ sobre o poeta português Fernando Pessoa.