sexta-feira, março 27, 2009

HQs e a cultura do download

O blog Baixa Cultura postou uma série de quadrinhos sobre o tema "free download" (ou, se você estiver vendo do outro lado, "pirataria"). Cutuque aqui!

quarta-feira, março 25, 2009

Recomendação interna

O leitor Linus Giovanni deixou um comentário muito cheio de vida no post sobre o filme "Watchmen". Tentei achar os contatos do autor para agradecer pessoalmente, mas não consegui. De qualquer forma, recomendo que você vá lá e olhe. É um exemplo de como se pode fazer crítica a uma obra de arte de maneira vívida e inter-relacionada, cheia de outras histórias por trás.

sexta-feira, março 20, 2009

Obama nas alturas


"Obama vira personagem erótico em gibi japonês

da Folha Online

A revista japonesa de quadrinhos eróticos 'Kairakuten' decidiu causar polêmica ao colocar o presidente americano Barack Obama em sua edição de abril de 2009. [...]"

sábado, março 14, 2009

A man who didn't watch "Watchmen"


Não li "Watchmen", não assisti "Watchmen". Digo isso com sinceridade, pois não quero que você fique com uma falsa impressão deste blog. Não é bom para o nosso relacionamento.

Não li e não vi, mas sei que devo ler e ver. A hora certa chegará. Preciso dizer, porém, que não sou um work-a-holic dos quadrinhos. Leio com calma, divulgo com calma, me interesso com calma.

Ainda bem que os colaboradores (leia-se "gente que envia texto sem esperar receber nada ($$) em troca") preenchem essa lacuna que deixo faltando. Hoje quem me salva é Danilo Kossoski, que já colaborou com o cabruuum. O Danilo escreve sobre suas impressões ao assistir e ler Watchmen. Como contraponto, veja também o comentário de Paulo Ramos, do Blog dos Quadrinhos, sobre o filme, cutucando aqui.

***

Watchmen: o filme e a HQ

por Danilo Kossoski*

Poucas coisas me atraem mais do que o cinema. É verdade que a pipoca é caríssima, o atendimento nos guichês é péssimo. As crianças ficam gritando durante a sessão. E os adultos não desligam o celular, e atendem no meio do filme, dizendo “não posso falar agora, estou no cinema...”, e seguem falando por pelo menos um minuto.

Apesar de tudo isso, ainda é possivel ficar satisfeito quando a gente termina de assistir a um filme, com a certeza de ter visto o lançamento de uma excelente produção.

E, felizmente, ainda existem excelentes produções. Ultimamente a sétima arte tem buscado inspiração nos quadrinhos, e alguns resultados têm sido muito bons. Foi assim com o Batman em seus últimos dois filmes. E agora o filme Watchmen consegue, novamente, a façanha de realizar uma brilhante adaptação.


Quando soube que Watchmen estava para chegar aos cinemas, e que era a baseado em uma HQ (ou graphic novel), perguntei a mim mesmo: Watchmen? Eu nunca tinha ouvido falar. Ainda bem que sempre é tempo para uma atualização.

Uma rápida busca na internet ofereceu razoável gama de informações. Entre elas encontrei um site [que parece estar com problemas técnicos agora] de onde foi possível fazer download dos 12 capítulos da História em Quadrinhos Watchmen. E a leitura do primeiro capítulo me fez perceber o óbvio... eu precisava ler todos.

Watchmen é uma HQ fascinante, repleta de detalhes nos traços e no enredo. Ao aliar a ficção com fatos e personagens históricos, a trama convence o leitor, quase como se a leitura fosse demonstrar o futuro do próprio espectador. Mas não é fácil descrever as sensações que a HQ desperta. Basta dizer que a leitura da história até o capítulo 10 me fez desejar ver o filme, mais do que já desejei ver qualquer outra adaptação para o cinema.

Isso motivou grande receio, também. Quando a expectativa é muito grande, a tendência à decepção é proporcional. Mas então assisti ao trailer no Youtube, li algumas matérias a respeito, e estava convencido de que o filme seria uma experiência única. Felizmente, não me enganei.

O filme Watchmen consegue reproduzir cenas idênticas às encontradas na HQ. Os personagens são, a maioria, muito parecidos com os encontrados nas páginas de quadrinhos. E até a voz deles, se considerarmos os recursos empregados no uso de balões na HQ, estão de acordo com o esperado.


A primeira metade do filme pode provocar arrepios àqueles que, como eu, acabaram de ler a HQ feita na década de 1980. É como experimentar uma seqüência de déjà vus, apesar de saber que eles virão.

A magia de qualquer boa história em quadrinhos está no fato de, entre um quadro e outro, o leitor criar mentalmente o movimento dos personagens. Já me aconteceu de ler um gibi do Pato Donald, por exemplo, e depois não lembrar se a história era de uma HQ ou de um desenho animado, tal é o processo que nosso cérebro é capaz de desenvolver.

Mas foi a primeira vez que experimentei isso diante de um filme. Lembrando agora das cenas, não sei distinguir quais vi no filme e quais li nos quadrinhos. Os atores foram escolhidos a dedo, com feições que remetem aos personagens originais. O mesmo acontece com os trajes dos heróis mascarados, os diálogos, as expressões faciais, e os cenários. O quarto, o porão, a banca de revistas, a escadaria, a calçada, a porta... Tudo no filme parece seguir a HQ. Até mesmo a transição entre um capítulo e outro pode ser reconhecido no filme, apesar de não estar evidente para alguém que não leu a HQ.


Claro, como disse, essa é a primeira parte de um filme de 166 minutos. Na seqüência, o roteiro toma algumas liberdades que criam um princípio de desconforto no espectador atento.

O personagem Roschach é ameaçado por um sujeito com uma serra elétrica, quando no original ele é ameaçado por um cara segurando um maçarico. É o sinal que demonstra que uma guinada está para acontecer no filme. Uma das personagens diz “confie em mim”. Pelo amor de Deus! Deveria haver uma legislação que proibisse o uso de um clichê como esses.


Entretanto, as comparações divergentes terminaram minutos depois, porque eu havia tomado o cuidado de ler apenas 10 dos 12 capítulos da HQ. Desse modo, fui ao cinema ainda sem a certeza de qual seria o final.

Se o desfecho me pareceu deprimente, por um lado; por outro, refletindo sobre a história toda, reconheci que fazia todo o sentido, e deixei a sala de cinema satisfeito. Me perguntava se o final da HQ seria mesmo aquele e, no dia seguinte, matei minha curiosidade, lendo os dois capítulos que faltavam.

O final do filme tem uma variação, sim, mas não compromete o aspecto geral da obra. A mensagem de esperança, de que a verdade nunca morre totalmente, está presente em ambas as produções. E o destino dos personagens principais também não muda.

Um aspecto negativo do filme talvez seja a impossibilidade de trazer as analogias e metáforas presentes na HQ. Mesmo sendo um filme considerado de longa duração, não traz nenhum item adicional aos quadrinhos. Faz alterações, mas não soma novidades. E a maioria das mudanças é meio que sem propósito, a não ser a explicação final, que pareceu ter o objetivo de simplificar um trecho de maior complexidade da HQ.


Mas, de maneira geral, é preciso reconhecer o mérito da produção, que na maior parte do tempo é fiel à histórica série dos quadrinhos, e que serve como celebração a uma obra inteligente como é a HQ Watchmen – cujos créditos vão para Alan Moore (argumento) e Dave Gibbons (arte).
Ainda dá tempo de assistir no cinema. Mas, se for possível, a leitura prévia da HQ é altamente recomendada ao espectador, que terá a chance de reconhecer no filme algumas “informações bônus” que só podem ser notadas pelos leitores. Além de facilitar a compreensão do início da história.

*O autor é jornalista e cartunista

quinta-feira, março 12, 2009

Mais Crumb

Cada post do blog do Nirso é uma preciosidade rara (redundância proposital para explicar a qualidade do blog). Mas trata-se de um blog sobre discos raros e coisas afins. Eu não teria porque divulgá-lo aqui, a não ser que achasse um gancho muito mirabolante com quadrinhos.

Sorte que às vezes o gancho já vem pronto. Foi o caso de hoje.




O post do blog do Nirso já explica muito bem do que se trata, não preciso repetir, apenas replicar: "Na verdade, essa é uma coletânea feita por Robert Crumb, quadrinista underground americano. Na década de 80, foi pedido a ele que desenhasse pequenos cartões com imagens de grande músicos do blues, country e jazz, para que acompanhassem reedições em vinil desses mesmos artistas. O resultado final pode ser visto em um livro chamado 'Robert Crumb's Heroes of Blues & Jazz', que acompanha um CD com essa coletânea."

Outras informações + imagens dos cartões + a obra para download você consegue direto no post mencionado. Cutuque aqui!

segunda-feira, março 09, 2009

Instigante

Fuçando pelo youtube, achei este trecho do documentário sobre Robert Crumb:



Eis quem é o Crumb, se você ainda não ouviu falar.

domingo, março 08, 2009

Gonzojornalismo em quadrinhos

Reuben da Cunha Rocha, citado no post anterior, fez um texto no Baixa Cultura (blog altamente recomendável que discute copyleft e creative commons) relacionando jornalismo e quadrinhos, dois temas que seguido aparecem juntos também aqui no cabruuum. Cutuque aqui para ler!

O tema do post é uma HQ citando jornalismo gonzo, um estilo que pouca gente conhece. Se você é um desses que ainda não ouviu falar, eis a oportunidade para aprender do que se trata.

quinta-feira, março 05, 2009

Rumos de volta

Já canta há tempos o célebre cantor gaúcho Luis Marenco:

"O amor ao chão não tem preço, se aprende deste piazinho
O brabo é achar o caminho, pra retornar ao começo."

("Filosofia de Andejo", Luis Marenco e Jayme Caetano Braun.)

Eu retorno ao começo divulgando a abertura das inscrições para o programa Rumos Itaú Cultural. Cutuque aqui para ler mais!

Pois foi como uma atividade para o programa Rumos que este blog nasceu, no já longínquo 2005...

***

Por falar em blog, meu companheiro de Rumos, de blogosfera e de interesses literários Reuben da Cunha Rocha criou um blog para divulgar atividades ligadas ao Rumos 2009-2010. Cutuque aqui!

quarta-feira, março 04, 2009

Dança mórbida

A editora L&PM acaba de lançar no Brasil o livro "Valsa com Bashir", livro de quadrinhos de Ari Folman e David Polonsky inspirada na obra indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro este ano. Eis um trecho da resenha:

"Certa noite em Beirute, no ano de 1982, em plena Guerra do Líbano, enquanto soldados israelenses patrulhavam a cidade, membros da milícia cristã invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila e iniciaram o massacre de centenas, senão milhares, de palestinos. Ari Folman era um desses soldados israelenses, mas por mais de vinte anos não conseguiu lembrar nada daquela noite nem das semanas que a antecederam. Até o pesadelo de um amigo perturbá-lo e engendrar nele a necessidade de escavar a verdade e responder à questão crucial: o que ele estava fazendo nas horas da carnificina?" [leia mais]

A editora disponibiliza para download 8 páginas do livro. Cutuque aqui para ler!

segunda-feira, março 02, 2009

Peter Parker dançando nos céus de Nova Iorque

"Homem-Aranha vira musical da Broadway

Do Jornal do Comércio

O Homem-Aranha chega a Broadway. Um dia isso teria que acontecer, porque o personagem tem muitos fãs pelo mundo afora. O interessante é quem vai dar letra e melodia à história do super-heroi: o vocalista Bono Vox e The Edge, dois integrantes do grupo de rock irlandês U2. A estreia do musical está marcada para 18 de fevereiro de 2010, em Nova Iorque. É o que informa a editora estadunidense Marvel, criadora do personagem. 'A luta do Homem-Aranha cativará os espectadores através de uma história conhecida, na qual aparecerão tanto antigos como novos e inesperados personagens, que se enfrentarão em um final surpreendente mostrando uma nova faceta fascinante do super-herói', explica a editora em comunicado."

[leia mais]

Portal alemão

No Brasil, há inúmeros sites, blogs e portais voltados à noticiação, comentários e venda de quadrinhos. Inúmeros mesmos. Daria para contar nos dedos, mas não sei quantas pessoas precisariam para fazer a conta.

Eu ainda não havia visto nada do tipo na Alemanha. Confesso também que não estava procurando. Mas aí, por meio do Marko Ajdaric, do Neorama, conheci o SplashComics, que conta com uma estrutura enorme. Tem equipe de redação e tudo o mais.

Pena que é em alemão... Mas você pode apreciar os desenhos!

domingo, março 01, 2009

Não é quadrinho, mas estou orgulhoso!

Peço desculpas por não falar hoje de quadrinhos, mas eu também preciso de espaço para escoar minha produção pessoal. Ademais, se você gosta do tipo de quadrinhos que eu gosto, vai gostar também do que tenho para apresentar. É ligado à arte, ou seja, tangencia o tema deste blog.

Entrou hoje no ar minha mais recente reportagem, minha estréia como correspondente internacional. Fui à cidade de Karlsruhe, na Alemanha, a pedido do Itaú Cultural, para visitar uma instituição mundialmente reconhecida que trabalha com arte eletrônica e arte contemporânea.

Bem, o texto começa assim:

"Um lugar para as velhas novas mídias

Na Alemanha, o instituto ZKM propõe soluções para a conservação de obras de arte contemporânea e eletrônica

Quando o visitante chega ao balcão para pedir informações, uma luz circular o encontra. Vai-se para o lado, a luz vai junto. Não há como fugir dela. O visitante foi pego. Logo, uma voz fala. As pessoas ao redor não estão prestando atenção. Sim, só ele a ouve."


(...)

[leia até o fim]