segunda-feira, janeiro 21, 2008

Caro cabruuunauta!

Este blog não está parado, nem ocioso, nem preguiçoso. Acontece que o seu feitor encontra-se em "mini-férias". Afinal, não é só porque o cara não tem ainda um emprego que ele também não pode tirar férias, como os demais viventes.

Mas aguarde, logo o blog volta a ativa!

quinta-feira, janeiro 10, 2008

terça-feira, janeiro 08, 2008

Dando bola para um alemão

A fim de treinar meu pouco conhecimento do idioma germânico, fui à biblioteca do Instituto Goethe Porto Alegre e retirei uma história em quadrinhos em alemão. Pelo contexto das imagens, dá para entender o significado de muitas frases dessa língua desmilinguada.

Escolhi um livrinho que me pareceu ter história simples, cuidando as recomendações da bibliotecária a respeito das gírias, que dificultariam o aprendizado. A obra que peguei é esta aí embaixo.


A capa dá a entender que a tradução do título é "Nós podemos permanecer amigos" ou "Nós podemos permanecer namorados" ("Freunde" pode significar tanto "amigos" quanto "namorados", dependendo do contexto). Enfim, entendi que se tratava de uma antiga história de amor que depois sofreria um rompimento, criando o conflito da história.

Eu e meus pré-julgamentos.

Por sorte, acabei descobrindo um livro fantástico. São quatro partes, contando as desventuras amorosas do autor - já falo sobre ele. O início de cada capítulo mostra quatro amigos conversando num bar. O protagonista narra seus fracassos aos outros três.

Fracassos mesmo. Da infância até a juventude, o protagonista se apaixonou por quatro meninas/mulheres e não teve coragem de chegar nelas, ou quando chegou tomou um fora, ou foi lento demais, ou... enfim, uma história de insucessos que faz qualquer gurizão meio (ou completamente) boca-aberta exultar por não estar sozinho no mundo.

Como se não bastasse o tema fascinante (e corajoso, pois tudo indica que são histórias vividas pelo próprio autor, sendo que a última ainda é relativamente recente), o livro todo tem soluções gráfico-narrativas fabulosas. Não tenho como reproduzir os desenhos aqui, mas cito, por exemplo, balões que se sobrepõe a outros para representar falas simultâneas em que não se consegue escutar o que as personagens dizem ou para mostrar que o que uma personagem está dizendo não importa, importante é a situação em si; a relação do balão de narração com a voz do protagonista, que em determinado momento inclusive coincidem, de forma brilhante; uma cena de página inteira mostrando um piquenique, com um efeito de câmera posta em cima da turma ao redor da toalha, semelhante a uma grande angular; e vinte quadrinhos contando o terceiro fracasso do protagonista através da silhueta dele e duma garota numa barraca, ou seja, a "câmera" fixa num mesmo lugar.

Uma pena eu não poder publicar aqui os exemplos que cito. Seria muito mais rico pra você.

Também me sinto um hipócrita por falar aqui dum livro que você provavelmente não vai ter acesso. Primeiro, por não estar a venda no Brasil, acho. Segundo, por ser em alemão. Mas, enfim, se você tiver esses dois pré-requisitos (grana farta e conhecimento de alemão - embora possa ser um conhecimento razoável, haja vista que eu mesmo consegui ler o livro), cutuque aqui. Esse link vai dar no site pessoal de Markus Mawil Witzel, vulgo Supa Hasi, que em "Wir können..." assina simplesmente como Mawil. Parece que o livro surgiu do trabalho final de curso do Markus na Escola de Arte de Berlim e foi publicado pela editora Reprodukt (cutuque sobre o nome para ver o catálogo, que inclui quadrinistas autorais de renome, como Robert Crumb).

Considere que tudo o que eu disse neste gigante - embora nada comparado como uma palavra qualquer no alemão - post pode ser questionado/corrigido por uma tradução mais certeira. Estudo o idioma há apenas um ano e meio, não repare. Se você sabe mais, então mando direto para o verbete Mawil na wikipedia. Não vou me arriscar a traduzir.

Mas, enfim, vale registrar que uma tradução literal do título do livro, portanto, não faria juz ao enredo. Em português, provavelmente o título seria: "[Eu não quero namorar nem ficar com você, ok, mas] Nós podemos ser amigos." Um legítimo fora. Nada a ver, portanto, com o que eu previa antes de ler o livro.

Oxalá alguém logo traduza para o português. Estamos perdendo uma obra e tanto.

***

Ps.: o companheiro Marco Vieira achou este link aqui, que manda para um pedaço da HQ Beach Safari, do Mawil. São oito páginas, com poucos balões. Os que têm são em inglês.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Analistas de sistema, analisem-se!

Conforme pediu Léo Foletto, do Cena Beatnik, em comentário ao último post do cabruuum, re-publico aqui o cartum anteriormente publicado no blog do Gjol.


O pequeno garçom escondido no canto inferior direito do desenho evidencia quem é o autor. Trata-se de um desenho do cartunista argentino Nik, que publica no jornal La Nacion. A personagem-assinatura chama-se Gaturro. No site dela você encontra informações sobre o criador e a criatura.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Obras de arte

Há algumas obras de arte que são realmente geniais porque resumem toda uma questão em poucos segundos/acordes/palavras/imagens. Eis uma tira que se encaixa nesse caso.


Achei a tira no www.malvados.com.br, do André Dahmer. Lá você encontra outras pérolas como essa.

A propósito, eu já havia publicado aqui certa feita uma outra tira que resume uma questão do processo artístico. Nunca é demais rever. É do Bill Watterson.