domingo, agosto 12, 2012

Relato (com fotos), da oficina de quadrinhos ministrada em Paraty, RJ.

Nos dias 29 e 30 de junho, uma sexta e um sábado, estive na Associação Cairuçu, em Paraty, RJ, a convite do Itaú Cultural, ministrando a oficina de quadrinhos Ler, aprender, fazer. A atividade foi uma preparação para o encontro entre Laerte e Angeli na Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP, com mediação de Claudiney Ferreira. Os alunos da oficina receberam convites para participar desse encontro.

A oficina foi realizada em dois módulos. No primeiro dia, fiz uma palestra para os alunos sobre alfabetização visual, focando em elementos dos quadrinhos. A ideia era mostrar que quadrinho é uma linguagem artística, e que as HQs infantis e as de super-herói são apenas uma pequena parcela do que se pode fazer nesse formato. Trouxe exemplos concretos, como Maus, de Art Spiegelman, vencedor do prêmio Pulitzer em 1992, e Cachalote, dos brasileiros Daniel Galera e Rafael Coutinho. Na ocasião, também entreguei oficialmente algumas graphic novels doadas pelo Itaú Cultural para integrar a biblioteca da associação. Em seguida, propus jogos criativos para sensibilizar os alunos para a linguagem dos quadrinhos: balões, onomatopeias, quadros e sequencialização. Nesse módulo, eles tiveram que criar uma tira a partir de duas imagens recortadas de revistas. O resultado foi bastante criativo, já que os alunos tiveram que inventar o segundo quadro e os textos.

No segundo módulo, trabalhamos com o processo de produção de uma história em quadrinhos. Cada aluno escreveu o argumento de uma história. Em seguida, a turma foi dividida em duplas, e cada dupla escolheu o argumento de um colega e desenhou as personagens. A seguir, uma terceira dupla pegou o argumento e os desenhos e quadrinizou a história. Ao final, tivemos três HQs feitas coletivamente.

O resultado da oficina é evidente aos meus olhos de ministrante. Percebi claramente a mudança do olhar sobre quadrinhos, principalmente no que diz respeito à dificuldade de se criar uma história nesse formato. Com certeza, os alunos saem da oficina com um senso mais apurado e mais crítico para a linguagem dos quadrinhos, além de estimulados a pensar criativamente, independe do formato em que estão se expressando.

Seguem algumas fotos:













 

 

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