sábado, novembro 26, 2005

Milagre em três cores, que não RGB

Quem trabalha com imagens com certeza sabe o que é RGB. A sigla é composta pelas inicias de red, green e blue, respectivamente as cores vermelho, verde e azul, em inglês. Através dessas cores podem ser formadas todas as outras.

Hoje, porém, quem trabalha com futebol (e, principalmente quem não trabalha sábado de tarde e ficou em casa assistindo ao jogo) com certeza sabe que as cores principais, neste dia 26 de novembro de 2005, são o azul, o preto e o branco.

Sim, obviamente estou fazendo uma alusão ao imortal tricolor, que a gente segue onde ele estiver: o Grêmio Football Porto Alegrense. Ué, mas este não é um blog sobre quadrinhos? Bem, senhores incautos, a minha resposta é simples: eu não falar do Grêmio hoje seria o mesmo que o mundo estar acabando e eu ignorar o assunto aqui no blog, só porque o tema é quadrinhos. Afinal, o clichezão nunca se fez tão exato: o que aconteceu hoje em Recife é do mesmo gênero de uma catástrofe mundial. Foi, realmente, um milagre!


[A foto estava no site oficial do Grêmio, só puxei pra cá]


Placar do jogo: 0 x 0. Dez minutos pra acabar. Bola na mão do gremista dentro da área. Pênalti. Segundo os especialistas, mal marcado. A partir daí, é empurrão no árbitro, expulsão, bolinho em volta do árbitro, pontapé no árbitro... tudo-no-árbitro! E, como a melhor defesa é o ataque, para defender o pobre coitado a Brigada chega dando jogo de corpo nos jogadores gremistas. Certamente era lance para cartão.

O jogo parou por uma meia hora. Quando voltou, o Grêmio estava só com 6 jogadores na linha. O Náutico jogando em casa, com o time completo. E um pênalti (que, resultando em gol, garante a subida à primeira divisão do Campeonato Brasileiro) a ser cobrado.

Os gremistas não cavaram falta nem nada, mas cavaram um buraco na marca do pênalti, em protesto. A minha debochante teoria é que o atacante do Náutico ficou com medo de cair ali dentro. Bateu, o goleiro defendeu. Primeira parte do milagre.

Aí o Grêmio parte para o ataque com um jogador, que sofre falta (detalhe supérfluo: o adversário é expulso). A cobrança é rápida e o Anderson, guri gremista, parte com a bola pra dentro da área, passa por dois, toca na saída do goleiro e...

Nem preciso dizer! Olhem tudo que é noticiário! Algo nunca antes visto no futebol!

Mas, enfim, pra não dizer que eu não fiz um gancho com quadrinhos, deixo aqui o mascote do Grêmio. É um belo desenho, vale a pena ver. Principalmente pela história dele, cujo mais recente capítulo eu contei pra vocês agora, brevemente. Não deixem de ler o resto, por aí. Lá vai:

2 comentários:

Fran Rebelatto disse...

Olá Augustinho...creio que esse jogo serviu de inspiração pra muitos de nós poetas e gremistas...ehheheh, muito legal teu texto, agora entra no meu blog e ve o meu que escrevi sobre o milagre...

Inspirados sempre e gremistas a vida inteira...Beijos

Anônimo disse...

Grande Augusto Peruca. Que jogo não? Vai com certeza entrar para os anais da história futebolística brasileira como a vitória mais improvável de todos os tempos. Muita emoção, medo, tristeza, alegria, aflição (para fazer jus à arena da batalha), euforia, todos esses sentimentos expressados com maestria pela tua coluna. Como sempre né. Ainda ontem estava eu a reler o discurso que fiz na formatura, montado com a tua ajuda. Belo discurso. Mas é isso. Sucesso e um grande abraço.