sexta-feira, novembro 18, 2011
segunda-feira, novembro 14, 2011
"Destroços", por Juscelino Neco
[Você pode folhear a HQ com o mouse. Cutuque sobre a imagem acima para ver em tamanho maior.]
O jornalista, quadrinista e pesquisador Juscelino Neco (transfigurado em imagem aí embaixo) gentilmente cedeu sua HQ para publicação no cabruuum. Agradeço publicamente!

quarta-feira, novembro 09, 2011
Por dentro da Maré
domingo, novembro 06, 2011
Links de norte a sul
* "Por um lugar nas estantes aos quadrinhos potiguares" - matéria jornalística sobre a cena de quadrinhos do Rio Grande do Norte.
* "Grande sertão: quadrinhos" - uma crítica de Ciro I. Marcondes sobre o livro O olho do diabo, de Mozart Couto.
* Eis "Primeira Edição", um panfleto da Editora Secreta, de Pelotas, RS. Trata-se de uma nova casa para publicação de quadrinhos.
quarta-feira, outubro 19, 2011
Por dentro das favelas

É importante salientar que não se pode conhecer a realidade da favela em uma semana. Trata-se de um cenário complexo, difícil de abarcar rapidamente, a não ser que se apele para estereótipos e leituras superficiais. De tal forma que, para poder fazer esse trabalho, eu venho acompanhando a situação das periferias cariocas faz tempo. Em 2007, fiz na Maré a reportagem "Uma jornada especial". Há pouco mais de um ano, em abril de 2010, voltei lá para escrever a reportagem "Melô da diversidade". As duas foram em prosa. Agora, para fazer em quadrinhos, o raio de apuração aumentou para dar uma ideia da situação geral das periferias do Rio de Janeiro.
Tenho um carinho especial com a favela e com as pessoas que sempre me recebem muito bem quando vou lá. É a elas que dedico esta reportagem. Espero que ela sirva para mostrar mais de perto uma realidade que a maioria das pessoas só conhece pela tevê ou pelo cinema.
Quando sair a segunda parte, divulgarei aqui.
terça-feira, outubro 18, 2011
segunda-feira, outubro 10, 2011
domingo, agosto 21, 2011
Podcast sobre Jornalismo em Quadrinhos
PodNonada04
sábado, julho 23, 2011
Huxley versus Orwell
terça-feira, julho 19, 2011
Joe Sacco por Daniel Gnattali
[Clique sobre a imagem para ver em tela cheia.]
quarta-feira, julho 13, 2011
Curso de Extensão em Reportagem em Quadrinhos: NOVAS DATAS
Curso de Extensão:
Reportagem em Quadrinhos
Desenho de Maumau
***
O quê: curso de reportagens em quadrinhos
Com quem: Augusto Paim, jornalista cultural e escritor
Quando: sextas-feiras, das 14h às 18h, de 12 de agosto a 2 de setembro de 2011
Onde: PUC RS
Inscrições: até 8 de agosto
Quer aprender a trabalhar com um novo gênero do jornalismo que é uma tendência seguida por jornais como a Folha de São Paulo e o argentino La Nacion? A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) oferecerá em Porto Alegre um Curso de Extensão inédito sobre reportagens em quadrinhos. Serão 20 horas-aula, divididos em quatro encontros, sempre às sextas-feiras, a partir do dia 12 de agosto de 2011. A proposta é unir teoria e prática: os alunos não só serão estimulados a refletir sobre o uso da linguagem dos quadrinhos no jornalismo, como também participarão de uma sala de redação visando à produção de reportagens nesse formato.
O curso é aberto para estudantes da PUC e para o público em geral. Não é exigido ter conhecimentos de quadrinhos. Também NÃO é necessário saber desenhar: para fins didáticos, serão usadas fotografias. No curso, o aluno aprenderá ainda sobre a escrita de roteiros e o uso de técnicas narrativas, que podem ser aplicadas em qualquer linguagem – especialmente no cinema, que têm muitos pontos em comum com os quadrinhos, haja vista que todo filme começa com um roteiro e um storyboard.
O Jornalismo em Quadrinhos surgiu na década de 1990, com os livros-reportagens sobre conflitos bélicos do jornalista maltês Joe Sacco. Já no século 19, no entanto, havia experiências nesse formato. Agora surge uma nova geração internacional de HQ-repórteres e de veículos especializados, como http://www.cartoonmovement.com/ e o http://www.newsmanga.com/, este último uma experiência pioneira com mangás jornalísticos diários. Veículos tradicionais também têm publicado reportagens em quadrinhos, haja vista que essa pode ser uma saída para impedir o fim do jornalismo impresso, ao atrair novos leitores de jornais. O gênero também tem sido trabalhado em biografias e outras formas de não-ficção em quadrinhos.
Para saber mais sobre o Jornalismo em Quadrinhos, a sua história e a nova safra de HQ-repórteres, leia esta reportagem publicada na edição de março da Revista da Cultura.
***
Objetivos do curso: incentivar a reflexão sobre o gênero Jornalismo em Quadrinhos a partir da experiência prática; estimular a produção de reportagens em quadrinhos por meio de orientação especializada; qualificar a produção e a reflexão teórica sobre Jornalismo em Quadrinhos através da introdução e aprofundamento do tema no ambiente da Graduação.
Ementa: a linguagem dos quadrinhos aplicada ao jornalismo; a pauta, a apuração e a edição no Jornalismo em Quadrinhos.
Pré-requisitos: nenhum. Apenas são recomendáveis conhecimentos prévios sobre jornalismo em geral.
Programa
Aula 1 - Palestra "Elementos da Narrativa em Quadrinhos" + reunião de pauta
Aula 2 - Apresentação das apurações + decupagem dos temas
Aula 3 - Roteiro + Edição
Aula 4 - Apresentação das reportagens + Avaliação
Ministrante do curso: Augusto Paim é jornalista cultural, escritor e tradutor. Atualmente, cursa o Mestrado em Teoria da Literatura na PUC RS e trabalha como jornalista cultural freelance. Já publicou reportagens nas revistas Continuum, Norte, Aplauso e Revista da Cultura. Em 2009, traduziu para o português o livro Johnny Cash - uma biografia, premiada obra do quadrinista alemão Reinhard Kleist. Em 2010, foi curador e organizador do I Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos. No mesmo ano, fez uma reportagem em quadrinhos sobre o Esporte Clube Juventude, com a quadrinista Ana Luiza Koehler. Agora trabalha em uma reportagem em quadrinhos sobre o Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, para o site Cartoon Movement. Desde 2007, ministra palestras sobre quadrinhos em escolas e universidades. Mantém os blogs http://www.cabruuum.blogspot.com/, sobre HQ, e http://www.augustfest.blogspot.com/, sobre jornalismo e literatura.
Resumo das informações
Carga horária: 20 horas-aula.
Período: De 12 de agosto a 2 de setembro de 2011.
Dia e horário: sextas-feiras, das 14h às 18h.
Datas: 12, 19 e 26 de agosto e 2 de setembro de 2011.
Local: PUC de Porto Alegre
Vagas: 15 a 20.
Investimento: R$ 324 para alunos, diplomados, professores e funcionários da PUCRS; R$ 360 para o público em geral.
Inscrições: até 8 de agosto de 2011.
Onde se inscrever: Av. Ipiranga, 6681, Prédio 15, sala 112, telefone (51) 3320 3727.
Outras informações: com o ministrante Augusto Paim (augusto.paim [@] gmail.com) ou com o coordenador Luciano Klöckner, no telefone (51) 3320 3727, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h15min, ou no site.
terça-feira, julho 05, 2011
Entrevistas com Joe Sacco
- Universo HQ
- Época
- Folha de S. Paulo
- G1
- Omelete
Sobre essas entrevistas (e o fenômeno dos seus aparecimentos), cabem duas observações:
1) creio que a vinda de Joe Sacco ao Brasil dará um impulso a curto, médio e longo prazo no desenvolvimento do Jornalismo em Quadrinhos brasileiro, tanto como campo de estudos quanto prática. É como se a pesquisa e a produção por aqui fosse alçada a outros patamares, muito em função da própria divulgação do gênero. Afinal, para se falar da presença de Joe Sacco no Brasil e explicar a sua envergadura no meio dos quadrinhos, faz-se necessário falar também sobre o que é o Jornalismo em Quadrinhos. Todo mundo que já trabalha com isso sai ganhando.
2) essas entrevistas devem se transformar rapidamente em corpus acadêmico, vindo a aparecer em breve em inúmeras citações em monografias, dissertações e, por que não?, teses. É que até hoje Joe Sacco pouco ou nada tinha falado sobre seu processo de trabalho ou sobre o que ele pensa sobre o Jornalismo em Quadrinhos. Isso mesmo. Ele, que é considerado por muitos o inventor do gênero, não havia falado ainda publicamente sobre isso (pelo menos não que eu saiba). Tanto que nos trabalhos acadêmicos sua obra é citada e estudada, mas ele não costuma ser fonte teórica. Por isso, essas entrevistas devem preencher uma lacuna.
***
PS.: a Folha de S. Paulo fez uma sabatina pós-FLIP com Joe Sacco. Aqui. É muito interessante, pois ali ele relata seus procedimentos jornalísticos para apurar e fazer reportagens em quadrinhos.
PS2.: outra entrevista muito boa, agora do Guia do Estudante. Aqui.
segunda-feira, maio 30, 2011
Frajola e Bob Esponja entram para a história da arte



Infelizmente, ainda estou tentando descobrir a autoria dessas imagens. Assim que souber, publico aqui.
sábado, maio 21, 2011
domingo, maio 08, 2011
Com quantos "us" se faz um blog de quadrinhos
Não é meu aniversário nem nada, nem foi homenagem de Dia das Mães (o cabruuum não tem mãe, só pai, que sou eu - até porque, se tivesse mãe, só um exame de DNA comprovaria a paternidade).
Homenagens gratuitas são ainda mais gostosas, por isso compartilho aqui.
***
Com quantos ‘us’ se faz um blog de quadrinhos?
Bem, depende do tamanho da empolgação e se tem predicado e lastro para poder mantê-lo. Em princípio achei que os assuntos acabariam no já rotulado mundo dos super-heróis – nada contra, eu adoro – depois de passar por coisas tipo Turma da Mônica e personagens Disney. Quem poderia imaginar que rendesse tanto? Quem, me respondam com sinceridade, acharia que teria fôlego para aguentar os quase seis anos? E o melhor, além de trazer novidades do mundo quadrinista, com publicações nacionais e estrangeiras desconhecidas do público, apresenta propostas, teses, levantes, bandeiras de que as HQs podem sim ser notícia, não como produto lançado, mas como estilo jornalístico.
Nesse caso, a empolgação veio com três ‘us’, mas poderia ser muito mais. Aliás, nunca lembro disso, contei os ‘us’ para poder escrever. Sempre coloco mais, pois fico imensamente empolgado a cada leitura, mesmo que às vezes não entenda muita coisa, por ser tão específica. Coloco cinco, seis e ainda multiplico os ‘emes’. É como o uhuuuuuuu quando digitamos nas redes sociais pra mostrar ao outro que curtimos muito.
Então, é preciso ter cartas na manga, afinidade, desejo, vontade, conhecimento e perseverança para poder resistir, crescer e provar pra todo mundo com quantos ‘us’ se faz um blog de quadrinhos.
quinta-feira, maio 05, 2011
sábado, abril 16, 2011
Jornalismo em Quadrinhos nipo-uberabense
Segundo a descrição das próprias autoras, trata-se de um "livro-reportagem em forma de Mangá, feito pelas alunas Danielle Maia, Eliane Moratelli e Rita de Cassia, como exigência para a conclusão do curso de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, da Universidade de Uberaba, MG."
Ou seja: Jornalismo em Quadrinhos sobre a sociedade nipônica de Uberaba. Ou seja - parte 2: estão surgindo novas HQ-repórteres brasileiras. Ou melhor, mangá-repórteres.
Quem quiser saber detalhes sobre os bastidores desse trabalho, veja no paper abaixo:
quinta-feira, abril 07, 2011
Outra reportagem em quadrinhos brasileira
Eis um caso recente. Cutuque aqui.
sábado, março 26, 2011
Versão cult da Liga da Justiça da Bahia
Pois eis que o colega Leandro Dóro me avisa que foi feita uma versão cult dessa mesma letra. Agora, porém, só voz e violão.
Olha aí embaixo!
terça-feira, março 22, 2011
PRESS RELEASE
Curso de Extensão:
Reportagem em Quadrinhos
Desenho de Maumau
***
O quê: curso de reportagens em quadrinhos
Com quem: Augusto Paim, jornalista cultural e escritor
Quando: quintas-feiras, das 14h às 18h, de 5 a 26 de maio
Onde: PUC RS
Inscrições: até 29 de abril
Quer aprender a trabalhar com um novo gênero do jornalismo que é uma tendência seguida por jornais como a Folha de São Paulo e o argentino La Nacion? A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) oferecerá em Porto Alegre um Curso de Extensão inédito sobre reportagens em quadrinhos. Serão 20 horas-aula, divididos em quatro encontros, sempre às quintas-feiras, a partir do dia 5 de maio. A proposta é unir teoria e prática: os alunos não só serão estimulados a refletir sobre o uso da linguagem dos quadrinhos no jornalismo, como também participarão de uma sala de redação visando à produção de reportagens nesse formato.
O curso é aberto para estudantes da PUC e para o público em geral. Não é exigido ter conhecimentos de quadrinhos. Também NÃO é necessário saber desenhar: para fins didáticos, serão usadas fotografias. No curso, o aluno aprenderá ainda sobre a escrita de roteiros e o uso de técnicas narrativas, que podem ser aplicadas em qualquer linguagem – especialmente no cinema, que têm muitos pontos em comum com os quadrinhos, haja vista que todo filme começa com um roteiro e um storyboard.
O Jornalismo em Quadrinhos surgiu na década de 1990, com os livros-reportagens sobre conflitos bélicos do jornalista maltês Joe Sacco. Já no século 19, no entanto, havia experiências nesse formato. Agora surge uma nova geração internacional de HQ-repórteres e de veículos especializados, como http://www.cartoonmovement.com/ e o http://www.newsmanga.com/, este último uma experiência pioneira com mangás jornalísticos diários. Veículos tradicionais também têm publicado reportagens em quadrinhos, haja vista que essa pode ser uma saída para impedir o fim do jornalismo impresso, ao atrair novos leitores de jornais. O gênero também tem sido trabalhado em biografias e outras formas de não-ficção em quadrinhos.
Para saber mais sobre o Jornalismo em Quadrinhos, a sua história e a nova safra de HQ-repórteres, leia esta reportagem publicada na edição de março da Revista da Cultura.
***
Objetivos do curso: incentivar a reflexão sobre o gênero Jornalismo em Quadrinhos a partir da experiência prática; estimular a produção de reportagens em quadrinhos por meio de orientação especializada; qualificar a produção e a reflexão teórica sobre Jornalismo em Quadrinhos através da introdução e aprofundamento do tema no ambiente da Graduação.
Ementa: a linguagem dos quadrinhos aplicada ao jornalismo; a pauta, a apuração e a edição no Jornalismo em Quadrinhos.
Pré-requisitos: nenhum. Apenas são recomendáveis conhecimentos prévios sobre jornalismo em geral.
Programa
Aula 1 - Palestra "Elementos da Narrativa em Quadrinhos" + reunião de pauta
Aula 2 - Apresentação das apurações + decupagem dos temas
Aula 3 - Roteiro + Edição
Aula 4 - Apresentação das reportagens + Avaliação
Ministrante do curso: Augusto Paim é jornalista cultural, escritor e tradutor. Atualmente, cursa o Mestrado em Teoria da Literatura na PUC RS e trabalha como jornalista cultural freelance. Já publicou reportagens nas revistas Continuum, Norte, Aplauso e Revista da Cultura. Em 2009, traduziu para o português o livro Johnny Cash - uma biografia, premiada obra do quadrinista alemão Reinhard Kleist. Em 2010, foi curador e organizador do I Encontro Internacional de Jornalismo em Quadrinhos. No mesmo ano, fez uma reportagem em quadrinhos sobre o Esporte Clube Juventude, com a quadrinista Ana Luiza Koehler. Agora trabalha em uma reportagem em quadrinhos sobre o Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, para o site Cartoon Movement. Desde 2007, ministra palestras sobre quadrinhos em escolas e universidades. Mantém os blogs http://www.cabruuum.blogspot.com/, sobre HQ, e http://www.augustfest.blogspot.com/, sobre jornalismo e literatura.
Resumo das informações
Carga horária: 20 horas-aula.
Período: De 05 a 26 de maio.
Dia e horário: quintas-feiras, das 14h às 18h.
Datas: 5, 12, 19 e 26 de maio de 2011.
Local: PUC de Porto Alegre
Vagas: 15 a 20.
Investimento: R$ 572,23, para o público em geral; R$ 515,00, para alunos, diplomados, professores e funcionários da PUCRS.
Inscrições: até 29 de abril.
Onde se inscrever: Av. Ipiranga, 6681, Prédio 15, sala 112, telefone (51) 3320 3727.
Outras informações: com o ministrante Augusto Paim (augusto.paim [@] gmail.com) ou com o coordenador Luciano Klöckner, no telefone (51) 3320 3727, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h15min.
segunda-feira, março 21, 2011
Teaser

Desde 2008, o jornalista de aventuras Airton Ortiz e eu desenvolvemos um projeto sobre o qual pouco tenho falado. Trata-se da adaptação de seus livros para uma narrativa em quadrinhos voltada para crianças. Escrevi dois roteiros para esses livros quando estava na Alemanha. Esses roteiros ficaram trancados em uma gaveta virtual, até que no ano passado o desenhista Bruno Ortiz veio se juntar a nós (ele não é parente do Airton, apesar da coincidência dos sobrenomes). Eis que a coisa começa a tomar forma.




terça-feira, março 15, 2011
Postagem para maiores de 18 anos
segunda-feira, março 14, 2011
Divulgando
II JORNADA DE ESTUDOS SOBRE ROMANCES GRÁFICOS
Data: 29 e 30 de junho de 2011.
Local: Universidade de Brasília – UnB
Em setembro de 2010, o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea realizou a I Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos na Universidade de Brasília. A proposta era discutir algumas obras de grande repercussão no meio cultural e editorial, utilizando-se de elementos da crítica literária contemporânea, com o objetivo de abrir um debate que nos permitisse uma melhor compreensão de seu alcance no campo literário.
Dando prosseguimento e ampliando as discussões, será realizada, nos dias 29 e 30 de junho, na UnB, a II Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos. O evento consistirá de uma rodada de palestras com convidados e da apresentação oral de trabalhos sobre o tema. O público alvo é composto de pesquisadores(as), estudantes, profissionais da área e interessados(as) em geral, que poderão participar com a apresentação de trabalhos ou como ouvintes.
Para informações sobre inscrição e outros detalhes, cutuque aqui.terça-feira, março 08, 2011
Os filhos de Joe Sacco

Para continuar lendo, cutuque aqui.
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
Novas narrativas_upgrade 2
Ludmila:
"Olá, tudo bem?
Li essa matéria sobre o Hipertexto hoje, confesso que tal assunto me fascina muito. Gostei de saber que no Brasil também tem dado seus passos nesse tipo de literatura.
Senti falta, no entanto, de nomes pioneiros nessa área, como Raymond Queneau, criador do OuLiPo e autor de Cent Mille Milliards de Poèmes [o livro não foi esquecido, apenas foi citado em outro post no Cultura News, mais exatamente neste aqui], ou de Georges Perec, também membro desse grupo, e autor de A vida modo de usar, publicado em 1978, que assim como Afternoon traz histórias que se entrecruzam e se remetem. Esses são só alguns exemplos de uma literatura hipertextual que já existia antes de 1987. Inclusive, os livros de Calvino que você menciona fazem parte da fase oulipien do escritor, juntamente com As Cidades invisíveis.
Extremely lound and Incredubly close do Foer, já foi traduzida, sim, para o português, o que ainda não foi e acredito que nem será é seu novo livro, o delírio de qualquer apaixonado por essa literatura, Tree of Codes que é inspirado em Rua dos Crocodilos de Bruno Schulz e tem um formato ousado mas ainda similiar ao livreto de poemas do Queneau.
Acho esse assunto extremamente apaixonante, curioso e é muito bacana poder dialogar com alguém que também nutra esse tipo de interesse.
Abraços e parabéns pela matéria."
Paula Mastroberti:
"Olá, Paim. Li sua matéria na Revista. É um assunto que não só me fascina, como faz parte de minha pesquisa de doutorado. Além disso, também sou uma escritora que trabalha narrativas híbridas há algum tempo. Apenas trabalho para uma área na qual esse jogo é considerado natural: a literatura juvenil. Sobre isso, eu gostaria de acrescentar às suas suposições que, além da influência recente dos suportes plurimidiáticos na literatura contemporânea, é preciso ressaltar a influencia do livro infantil e juvenil na formação de gerações de escritores (eu inclusive) desde a invenção do livro-brinquedo e dos chapbooks na Inglaterra vitoriana. Não tenho dúvida de que o germe de uma literatura que integra design, efeitos gráficos e imagens, mesmo antes dos quadrinhos está no histórico da produção editorial dirigida à infância (estágio pelo qual todos passamos). Comprovadamente, o livro infantil não só soube explorar, muito antes do adulto, os recursos tecnológicos de impressão desde o século XIX, mas foi também o catalisador principal do desenvolvimento do design de livros e sua exploração estética. Abraço."
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
Novas narrativas_upgrade
***
Na reportagem de capa da edição de fevereiro, você viu que as inovações propostas pelas novas tecnologias ou mesmo pela literatura eletrônica têm seus precursores no papel. Um bom exemplo disso é a obra "Cent Mille Milliards de Poèmes", do francês Raymond Queneau. Trata-se de um livro com dez sonetos, todos eles com o mesma métrica e o mesmo sistema de rimas. Até aí, nada demais. A diferença é que Queneau construiu cada verso de tal forma que todos eles podem ser trocados de lugares. Ou seja, cada leitor monta seu próprio poema em cada ato de leitura.
O funcionamento da obra pode ser visto na prática nesta versão interativa, publicada no site da Universidade Mannheim. Para cada verso, há dez opções, que você mesmo pode escolher. Caso você queira que o poema seja obra do acaso, vale consultar esta outra versão. Você passa o mouse por cima dos versos, e eles começam a se alternar como se fossem uma roleta. Tirando o mouse, a roleta cessa de girar. Nasce um novo poema.
Todos esses exemplos, no entanto, são apenas versões para internet de uma obra que já atravessou quase cinco décadas. Publicado em 1961, o livro de Queneau tem, originalmente, esta aparência.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011
Deu a louca no livro impresso

A matéria de capa da edição de fevereiro da Revista da Cultura é sobre narrativas diferenciadas feitas no suporte tradicional, o livro impresso. Por que estou divulgando neste espaço? Bem, não é só porque a reportagem foi escrita por mim. É que alguns livros citados são de quadrinhos ou usam os quadrinhos na mistura de linguagens.
Confira cutucando aqui.
[O desenho acima é de Marcelo Cipis.]
terça-feira, fevereiro 08, 2011
Documentários sobre quadrinistas
Detalhes você encontra em duas postagens do mencionado blogue: esta aqui e esta outra.
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Operação Ajax
Veja abaixo o vídeo que está no site. E, claro, veja também o site. Cutuque aqui.
Operation Ajax from Operation Ajax on Vimeo.
segunda-feira, janeiro 31, 2011
terça-feira, janeiro 18, 2011
Diário de bordo, parte 3: o roteiro
No ano passado, fiz uma reportagem em quadrinhos para o Itaú Cultural sobre o Esporte Clube Juventude. Essa reportagem está disponível aqui. Como o Jornalismo em Quadrinhos é algo novo, cujos mecanismos e práticas ainda são desconhecidos, decidi relatar aqui um pouco do meu processo fazendo essa reportagem. Na primeira parte, falei sobre a pauta. Na segunda, falei sobre apuração. Agora vou falar sobre:
O roteiro
Ou talvez fosse melhor falar em pré-roteiro. Na verdade, refiro-me a isto aqui:

Essa é uma primeira decupagem da apuração. Pois quando a desenhista Ana Luiza Koehler me encontrou em Caxias do Sul, onde eu estava apurando para a reportagem, a primeira coisa que fizemos foi montar uma distribuição dos temas apurados nas páginas disponíveis.
Esse foi um processo muito gostoso, de mérito da dupla. Para começar, eu contei para a Ana tudo que eu aprendera sobre o Juventude naquela semana. Eu já tinha minhas ideias também sobre algumas "tomadas" a inserir na reportagem - e uso a linguagem do cinema porque os quadrinhos têm ligação forte com essa arte. A Ana esboçou visualmente tudo isso que vínhamos falando. Juntos, fomos montando o quebra-cabeça, distribuindo os assuntos de forma equilibrada.
Esse pré-roteiro foi fundamental para todo o resto da reportagem. Afinal, havia muitos assuntos que eu queria abordar, e sem uma limitação de um assunto por página, ficaria difícil não se perder. Digamos que isso foi também uma pré-edição.
Assim, decidimos que a primeira página seria uma introdução ao tema, de modo a deixar claro que se tratava de uma reportagem em quadrinhos, e não uma história em quadrinhos ficcional. Seria um lide quadrinizado, dizendo de outro modo. Já a segunda página, seria reservada para contar a história do clube. Na terceira, o relato dos tempos áureos. Na quarta, o relato da derrocada, com suas explicações. Na quinta, uma espécie de enquete sobre o que funcionários, torcedores e jogadores estão esperando do clube na próxima temporada. E na sexta e última página, uma finalização da reportagem que mostra ainda grandes astros do futebol brasileiro que passaram pelo clube.
Com essa marcação, ficou fácil para mim, na hora de escrever o roteiro, descobrir quais eram as informações principais sobre cada tema, de modo a contar apenas o essencial - pois de outro modo não caberia na página. Sabendo qual assunto viria na página seguinte, também ficou mais fácil encontrar o gancho entre as páginas (porque é necessário contar uma história em sequência, e não juntar páginas sem ligação umas com as outras).
Algumas questões visuais já estavam presentes nesse esboço, como a ideia de abrir a reportagem com uma vista aérea do estádio Alfredo Jaconi, como se fosse uma câmera presa a um helicóptero que se aproximasse gradativamente do campo até focar em garotos jogando bafo na arquibancada. Também decidimos aí que, em algumas passagens da HQ, usaríamos fotos de arquivo para alguns quadros, em vez de desenhos. Eram casos bem específicos, como este: tínhamos uma foto do time do Juventude na década de 1920, e uma foto antiga e histórica como essa é com certeza muito mais interessante que qualquer desenho. Sem falar que reforça a pesquisa do trabalho.
Esse foi o momento também de tomarmos outras decisões técnicas. Concluímos que o repórter deveria aparecer na HQ. Não exatamente eu, claro; o que decidimos é que seria necessário marcar a presença de um repórter, de modo a reforçar o fato de se tratar de JORNALISMO em quadrinhos. Porque, para quem nunca ouviu falar no termo, poderia parecer uma história ficcional. Assim, achamos importante mostrar (mesmo que discretamente) o repórter em ação, enfatizando o processo de entrevista.
Também aí começamos a pensar a forma de creditar os personagens (que, no fim, acabou sendo o balão de legenda com uma seta apontando para o entrevistado, estilo Angeli, porém sem viés cômico). Isso pode parecer uma decisão menor, mas qualquer pessoa que se aventure a fazer reportagem em quadrinhos verá que esse tipo de decisão é sempre difícil, em se tratando de um gênero cujas regras ainda não estão definidas. Imagine como seria se toda vez que você fosse fazer uma reportagem impressa ou para televisão você tivesse que pensar: onde será que eu coloco os créditos do entrevistado? Em que posição na tela/no texto?
Como última decisão, previmos já nesse pré-roteiro o estilo de desenho: o mais realista possível, baseado no objeto real. Como a Ana é formada em Arquitetura, isso foi até natural para ela.
Terminada a apuração, voltamos a Porto Alegre e eu comecei a trabalhar no roteiro. Fiz uma primeira versão, que a Ana transformou no storyboard abaixo:



Esse é apenas um exemplo, para mostrar essa integração entre roteiro e desenho, que buscamos para a reportagem sobre o Juventude. Houveram outros, claro, mas esse é o mais relevante e exemplar.
Depois disso tudo, veio o processo de edição. Que merece um post a parte.
sexta-feira, janeiro 07, 2011
2 dicas preciosas
Outro link achado em algum lugar que não lembro é esta HQ sobre o poeta português Fernando Pessoa.