A gente vive se surpreendendo e se surpreende vivendo. Alguém deve ter dito isso, mas eu não sei a fonte. Adoraria que tivesse sido Juscelino Kubitschek, só para justificar o título deste post, mas é improvável que seja.
Falando em fonte, este post é para falar de jornalismo. Pior (ou melhor, depende da visão de cada um), é para falar de Jornalismo em Quadrinhos.
Já mencionei aqui algumas vezes Joe Sacco, Art Spielgeman, Étienne Davodeau... (outros exemplos você confere cutucando com o mouse aqui, onde inclusive pode-se saber mais sobre a relação entre quadrinhos e jornalismo).
Sacco é o autor do corpus da minha monografia, que pretendo postar aqui assim que estiver pronta (mesmo sabendo que não será lida; eu, pelo menos, não vou ler de novo, até já enjoei...).
Pois bem. Já faz um tempo, eu dei de cara com este outro trabalho aqui: Shooting War, que os autores Anthony Lappé e Dan Goldman definem como uma graphic novel. Eu não sei por que estou falando disso agora. Achei que fosse algo de Jornalismo em Quadrinhos, mas, pelo que pude entender com meu parco/porco inglês, trata-se de ficção. Shooting War é importante, porém, pois fala de jornalismo e ainda é publicado em hipertexto (quadrinhos hipertextuais é uma pauta que ainda pretendo explorar aqui um dia).
Bem, em todo caso posso dar um outro exemplo de Jornalismo em Quadrinhos (ou será Relatório em Quadrinhos? Ou será Jornalismo Gráfico?). Aliás, nem sou eu que vou dar. Copiei-e-colei do Blog dos Quadrinhos:
"9/11 Report", recém-lançado nos Estados Unidos, transpõe para os quadrinhos as 568 páginas dos resultados do relatório da comissão, formada para apurar e divulgar o máximo de informações sobre o atentado de 11 de setembro (...). As conclusões viraram livro, um best seller escrito por Thomas H. Kean e Lee H. Hamilton. (...) o tom é de crítica ao governo Bush. O governo teria tomado ciência do ataque às torres gêmeas pela CNN (canal de notícias norte-americano).
Os desenhos de "9/11 Report" ficaram a cargo de Ernie Colón, que ilustrou muitas histórias para as editoras Marvel e DC Comics. A versão em quadrinhos seria uma forma de atingir uma nova geração de leitores. Mas teve uma segunda função. Ajudou a consolidar o novo gênero jornalismo gráfico (se assumido como certo o nome sugerido por Jacobson), que deixa de ser exclusividade de Joe Sacco e de trabalhos esporádicos, como "O Fotógrafo", que a Conrad deve publicar ainda este ano.
Pronto! Acho que expus alguns nomes desse novo gênero jornalístico. E brasileiros, há? Bem, eu achava que não, mas ontem encontrei uma notícia no Universo HQ que me surpreendeu. Dê uma olhada. Infelizmente, não tenho acesso à HQ para poder ler e avaliar.
Antes de terminar, uma justificativa: eu ia colocar imagens neste post, mas o Blogger tá emburrado hoje, fazendo beicinho pra mim. Acredito, porém, que se você chegou até aqui e leu essa minha explicação para a falta de imagens é justamente porque elas não fizeram falta.
Jornalismo sem Quadrinhos.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
JK! (Ops, apaga isso, eu quis dizer "JQ"!!!!!)
Postado por
Augusto Paim
às
7:52 AM
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