terça-feira, novembro 13, 2007

É plágio?

De vez em quando, surge algum entrevero sobre plágio, num grupo de discussões que participo. Por se tratar de pessoas inteligentes, a polêmica não fica apenas no acusa-defende. Esses dias houve até um questionamento sobre que pode, de fato, ser considerado plágio. Afinal, muitos artistas usam fotografias alheias como referências para seus desenhos. É uma prática inclusive recomendada. E muitos desses desenhos beiram à imitação descarada.

Tudo bem, acuse-se o plagiador de plágio, então. Mas e quando se trata de um cara do porte, por exemplo, de Milo Manara? Pois pasme! Artistas de renome fazem referência ao trabalho de outros autores. Este artigo, por exemplo, cataloga alguns casos. E este site mostra as fontes do trabalho do artista plástico Roy Lichtenstein.

Não cabe aqui querer dar uma resposta definitiva à pergunta-título deste post. Mas se você quiser registrar sua opinião, cutuque no link azul "comentários", aí embaixo. O debate é fundamental numa questão como essa.

4 comentários:

Paulo Rená da Silva Santarém disse...

Na minha opinião há uma diferença essencial entre os trabalhos do Roy L. e dos quadrinistas mencionados no artigo.

O Roy insere a citação da obra anterior como elemento de sua arte, ou seja, é a existência prévia da imagem, como elemento cultural pop, que dá sentido à sua arte performática de nos expor a nossa própria cultura. Assim como o esquema da lata de feijão ou do mictório na parede.

Já os quadrinistas, aparentemente, apenas se valeram de "soluções" anteriores para não terem o trabalho de desenhar de memória. Não é o caso, por exemplo, na reiterada citação da DC à capa em que o Bane quebra a coluna do Batman, volta e meia reutilizada.

Ou seja, em um caso e outro, é o acionamento proposital ou a ocultação perniciosa da memória da imagem que definem a citação artística, como recuperação da informação, ou o plágio, como apropriação da obra anterior.

Leonardo disse...

Poisé né tche, mas não só a falta de tempo que nos impede de fazer isso.

Talvez seja a falta de coragem nossa em querer apostar numa coisa que, por hora, é incerta.

Eu ainda acredito que vale a pena. Também, como aprendiz de pesquisador do assunto, não teria como ter opinião diferente da entusiasta.

marcelo engster disse...

Eae Augusto,
sobre Crônicas de Palomar, acho que não tem relação com a obra do Calvino, até porque o título original é Heartbreak Soup. Mas não tenho certeza, não conheço Palomar do Ítalo.

abraço

Anônimo disse...

Eae, menino!
Faço coro ao menino do primeiro cometário, até onde meu conhecimento vai a proposta do Lichenstein era essa mesma, que a tal "cópia" fosse realmente reconhecida, q na área das artes visuais chamamos de citação ou releitura, eu prefiro chamar este caso de citação, mas posso estar enganada. Qt ao caso q se refere o artigo, eu ñ vejo problema algum tb, enquanto estudante d artes já tive 3 semestres de desenho com modelo vivo, e me considero uma boa desenhista (mas nd mt + q isso) e mesmo q já tenhamos o comportamento da figura humana na cabeça, tem horas q ñ conseguimos dar uma solução gráfica satisfatória d memória. Não kero dizer q ninguém possa, me supreende obviamente q grandes nomes fazem isso, mas d maneira alguma os condenaria. Afinal desenhar o corpo humano ñ é tarefa fácil, porém passível de ser aprendida, desde o renascimento são utilizados artifícios para um desenho aperfeiçoado. Enfim, acho q essas situações, ao meu ver, ñ se configuram como plágio, mas se for discorrer obre plágio esse comentário vai se extender ainda +, heheheh
bjs e t+